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Mina em Maceió tem previsão de colapso às 6h da manhã e deve causar tremor e cratera

Mais de 60 mil pessoas estão sendo evacuadas da capital de Alagoas

Mina em Maceió tem previsão de colapso às 6h da manhã e deve causar tremor e cratera

Foto: Reprodução / TV Gazeta

Maceió, AL – Em uma corrida contra o tempo, a Defesa Civil de Maceió está mobilizada diante da iminente ameaça de colapso de uma mina na região. As previsões repassadas pela Braskem indicam que o desmoronamento pode ocorrer por volta das 6h desta sexta-feira (1°), acarretando tremores e a formação de uma cratera. Enquanto as consequências permanecem incertas, toda a área do Mutange e circunvizinhanças já foi evacuada como medida preventiva.

Coordenado por Abelardo Nobre, o órgão de defesa destaca que a mina, que inicialmente atingia mil metros de profundidade, agora apresenta uma cavidade significativamente menor, mas cujas dimensões exatas ainda não foram determinadas. “Não podemos precisar largura, altura e profundidade no momento”, ressalta Nobre.

Estima-se que 60% da área da mina esteja submersa na lagoa Mundaú, desencadeando temores infundados de um possível tsunami. Abelardo Nobre esclarece que, ao contrário, a entrada de água na cavidade resultará na redução do nível da lagoa. Em função disso, as embarcações foram alertadas a evitar a navegação até segunda ordem.

A operação de monitoramento, realizada 24 horas por dia com o auxílio de drones e outros equipamentos, visa antecipar qualquer desdobramento crítico. Nobre assegura que, embora haja previsão de tremores de terra no momento do colapso, sua magnitude não deve causar danos físicos a propriedades vizinhas.

No âmbito técnico, a Braskem utiliza um sistema que envolve a criação de poços para injetar água na camada de sal da mina, gerando salmoura. Posteriormente, essa solução é retirada e as minas são preenchidas com material líquido para estabilizar o solo. Entretanto, ao longo dos mais de 40 anos de exploração, vazamentos desestabilizaram o solo, evidenciado pela formação da cavidade na mina 18. Das 35 minas na área urbana, todas estão passando por processo de preenchimento.

Esse histórico culminou no afundamento do solo em cinco bairros e no deslocamento de quase 60 mil pessoas. A área de risco foi recentemente ampliada por ordem judicial, incluindo mais 1.700 lotes que agora requerem evacuação, cada um com pelo menos uma residência.

(*) Com informações do UOL

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