Manaus, AM – Depois da repercussão nacional, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu uma nota sobre o caso do influenciador e fazendeiro, Agenor Tupinambá, conhecido por cuidar da capivara Filó. O órgão multou o influencer em mais de r$ 17 mil reais e terá que devolver o animal ao Ibama.
“Animal silvestre não é pet. Por mais que algumas pessoas queiram cuidar de animais silvestres, quando os encontram na natureza, é necessário entender que eles não são animais domésticos, como cães e gatos”, afirmou o órgão em nota emitida nessa quarta-feira (19).
O órgão ainda afirmou que Agenor violou uma das leis de crime ambiental ao explorar o animal para gerar conteúdo. “Com base no Decreto nº 6.514/2008, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), o Ibama autuou nesta terça-feira (18/04) o influenciador digital Agenor Tupinambá por práticas relacionadas à exploração indevida de animais silvestres para a geração de conteúdo em redes sociais. As multas aplicadas totalizam R$ 17.030,00?, explicou.
O Ibama ainda comentou que soube do caso após “da morte de um bicho-preguiça que o rapaz [Agenor], criava em sua propriedade. No local os agentes encontraram um papagaio e uma capivara. Agenor não tinha autorização legal para manter os animais em sua posse“.
“É importante salientar que além de ser crime manter animais silvestres irregularmente, a exposição de espécimes silvestres como pets em redes sociais, estimula a procura por esses animais, aquecendo o tráfico de espécies da fauna brasileira. Por mais que se acredite estar ajudando um animal silvestre, dando comida e abrigo, é importante entender que essa atitude pode prejudicá-lo, pois reduz sua capacidade de sobrevivência na natureza. Animais silvestres também podem transmitir doenças graves para os humanos“, destacou.