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Respostas tardias do Governo Lula agravaram crise das queimadas no Amazonas

Documentos revelam que socorro do governo demorou semanas após solicitação do estado

Respostas tardias do Governo Lula agravaram crise das queimadas no Amazonas

Foto: Reprodução

Manaus, AM – A crise ambiental desencadeada por intensas queimadas no Amazonas atinge um novo patamar com a revelação de que a resposta do governo federal ao pedido de ajuda do estado demorou semanas, conforme documentos obtidos via Lei de Acesso à Informação.

Os registros apontam que a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (SEMA) acionou a União em 4 de outubro, em meio a uma visita oficial da Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, a Manaus. Essa demora em solicitar auxílio e a subsequente lentidão na resposta federal levantam sérias questões sobre a eficácia das medidas adotadas diante da gravidade da situação.

A crise se intensificou quando se soube que o Corpo de Bombeiros do estado havia requisitado equipamentos cruciais, como capacetes, balaclavas, óculos e máscaras, 20 dias antes do acionamento oficial à União, datado de 15 de setembro. O pedido para o Ministério de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA) foi feito em 4 de outubro, resultando na entrega dos kits de combate a incêndios do Prevfogo/Ibama somente em 17 de outubro.

Em uma postagem nas redes sociais em 4 de novembro, o governo estadual afirmou ter enviado mais de 30 contatos e documentos oficiais à União.

A população do Amazonas sofreu e ainda sofre as consequências dessa demora, com meses de crise climática que atingiram níveis alarmantes de queimadas e afetaram diversas cidades com densa fumaça, prejudicando a qualidade do ar. O atraso na entrega de equipamentos, conforme revelado anteriormente, agravou ainda mais a situação, deixando os municípios do interior desprovidos de recursos essenciais para combater os efeitos das queimadas.

O cenário atual, segundo boletim do Comitê de Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental divulgado no último domingo (26/11/2023), mostra que todos os 62 municípios amazonenses estão em situação de emergência. A seca severa já afetou 598 mil pessoas, ou 150 mil famílias, de acordo com dados da Defesa Civil.

(*) Com informações do Vocativo

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