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Acusado de assédio, Marcius Melhem diz que mulheres precisam provar crimes

Melhem disse que tem confiança na Justiça e que está tranquilo com relação às provas

Acusado de assédio, Marcius Melhem diz que mulheres precisam provar crimes

Foto: Divulgação / TV Globo

Rio de Janeiro, RJ – O ator e comediante Marcius Melhem, que é acusado de assédio sexual por colegas de trabalho, quando era diretor da TV Globo, abriu uma live nessa quarta-feira (12) para falar sobre a mudança que ocorreu no inquérito.

A partir de agora, Isabela Jourdan da Cruz Moura vai atuar, especificamente, no caso Melhem. A informação já havia sido dada, com exclusividade, pelo colunista Guilherme Amado. Foi ela quem denunciou o ex-deputado Jairinho para o Ministério Público, pelo assassinato do menino Henry.

O ex-diretor lembrou que a emissora divulgou uma carta aberta, sobre as investigações pelo departamento de Compliance, relacionadas às denúncias de abuso. Na época, em dezembro de 2022, a Rede Globo informou que “restou, de fato, constatada a inadequação do artista com seus subordinados, sem que fosse possível comprovar a prática deliberada de assédio sexual, dados os contornos legais que a conduta exige para a sua caracterização”.

A colunista Fábia Oliveira foi convidada para participar da transmissão, com direito a duas perguntas sobre o assunto, enviou a editora Luiza Morato, que questionou o ator sobre as provas e o receio dele em se tornar réu, por conta da mudança na promotoria, uma vez que o processo ainda não tramita na vara criminal.

Melhem disse que tem confiança na Justiça e que está tranquilo com relação às provas. Ele afirmou que não tem medo de se tornar réu e que está disposto a enfrentar o processo.

O ator também falou sobre o impacto que as acusações tiveram na sua vida pessoal e profissional. Ele disse que está afastado da TV e do cinema desde que as denúncias vieram à tona e que está tendo dificuldades para trabalhar.

Confira abaixo as perguntas da colunista e as respostas de Marcius Melhem:

Você disse não encontrar motivos para a nomeação da Doutora Isabela Jordan no caso e acredita que essa decisão possa te prejudicar, já que afirmou que ela irá te tornar réu. Ao seu ver, por que querem tanto te incriminar? O que está faltando, por parte da sua defesa, já que, mesmo com tantas provas, esse caso ainda está se arrastando?
Se as minhas provas até hoje não foram suficientes e, por isso, o caso não foi encerrado, é justamente o contrário, porque não virou ação penal, as minhas provas estão no âmbito do Ministério Público ainda e da investigação. Então é o contrário, eles têm que formar convicção para acusar e até hoje não acusaram. Mas entendeu? O arquivamento não acontece por todas as pressões de um caso como esse. Quem é que vai ter coragem de [arquivar]? Tem gente que tem? Eu espero que tenha. Mas imagine a coragem que precisa ter diante de tanta pressão. Até política. A mulheres foram recebidas pela primeira dama da República. Caminham em todos os gabinetes. Conseguem reuniões como essa que elas conseguiram. Que estão abraçadas a uma causa nova. Imagina a dor de cabeça de alguém que queira arquivar. O fato é que são elas que precisam provar que eu cometi crimes. E isso até hoje não foi provado. Por quê? Porque as minhas provas combatem cada coisa que elas acusam e aí a a coisa se arrasta pra ver se aparece alguma coisa diferente. Algo diferente que justifique a acusação, por isso que se arrasta. Porque pelo que está lá, já era pra ter sido arquivado. Está passando de mão em mão e quando se vai arquivar ou algum promotor ameaça arquivar vem um pedido alterar os responsáveis por averiguar o caso. É um jogo daqui pra lá e de lá pra cá. Pra não deixar o caso ser julgado, até que apareça alguém que eles tenham convicção. Que vai me tornar real. É isso. Agora, não é que os meus advogados não produziram provas suficientes pra absolver. Quem me acusa, até hoje, não conseguiu produzir prova pra me acusar, pra tornar real. Então parece uma jogada estranha.

Você já apresentou diversas provas a seu favor, na própria matéria da Veja eles chegam a falar de um “conjunto impressionante de provas” pra atestar a sua inocência, o que inclui conversas, áudios, vídeos e testemunhas, como você pontuou. Em algum momento da sua vida, você imaginou que, pela liberdade que você tinha em brincar com as pessoas, isso poderia ser usado contra você e por isso tantas provas?
Sobre a as as brincadeiras, só corrigindo, não só as brincadeiras que eu fazia. As brincadeiras que todos faziam. Só que eu me tornei chefe. De colega, virei chefe. Brinquei com todo mundo, porque era assim. E eu não era o único chefe que brincava assim, com todo mundo na casa. E eu já mostrei mil brincadeiras, de lá pra cá. De pessoas que esfregaram o almoço no pênis. E foi filmado por uma das acusadoras. Brincadeiras sexuais eu tenho muitas pra mostrar. Além das que estão nos autos, tá? Se quiserem, eu mostro hoje. Aqui e agora. Brincadeiras sexuais feitas, que não partiram só de mim. Eu não guardei de casao pensado não, imagina. É a coisa mais maluca do mundo, eu não pensei assim, que estava fazendo algo que iria me incriminar, então guardei as provas. Não, era só não fazer. Mas obviamente, isso que eu faço que eu faço, que todo mundo faz, era crime. Era um grupo de amigos trabalhando e brincando sim. Entendeu? Então é absurdo! É só ver os depoimentos das testemunhas.

(*) Com informações do Metrópoles

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