Curuá, PA – Em uma ação conjunta entre as polícias civil do Pará e do Amazonas, Gil Romero Machado Batista, de 41 anos, foi preso na cidade de Curuá, localizada no oeste do Pará, sob fortes suspeitas de ser o autor de um chocante crime ocorrido em Manaus, no estado do Amazonas. O indivíduo é apontado como o responsável pelo assassinato brutal de uma jovem de 18 anos, que estava grávida no momento do ocorrido.
As investigações conduzidas pelo Núcleo de Apoio a Investigações (NAI) da região do Baixo Amazonas indicavam que o suspeito poderia ter se refugiado na região paraense. No desfecho da operação, que ocorreu por volta das 22h, Gil Romero foi localizado e detido por agentes das polícias dos dois estados, no município de Curuá, próximo à comunidade Apolinário. Após a prisão, ele foi transferido para a cidade de Óbidos, onde permanecerá à disposição da justiça.
O terrível crime abalou a cidade de Manaus, onde a vítima, identificada como Débora da Silva Alves, de 18 anos, foi encontrada morta em uma área de mata no bairro Mauazinho, zona Leste da capital amazonense, na última quinta-feira (3). Débora estava grávida de oito meses, e as investigações apontaram que o suspeito era o pai da criança que ela esperava.
De acordo com o delegado Ricardo Cunha, titular da unidade especializada responsável pelo caso, Débora desapareceu em 29 de julho, após sair de sua residência para um encontro com o suspeito. Supostamente, o encontro teria o propósito de receber dinheiro para a compra de um berço para o bebê que estava por vir.
A trama criminosa ganha contornos mais complexos com o envolvimento de outros indivíduos. Segundo a delegada Deborah Barreiros, Gil Romero era proprietário de um bar e também atuava como vigilante em uma usina local. O gerente do estabelecimento, José Nilson, também desempenhava um papel crucial na dinâmica do crime. Ambos estariam envolvidos em furtos de materiais da fábrica.
Durante os depoimentos colhidos no decorrer da investigação, José Nilson revelou detalhes surpreendentes. Ele alegou ter sido coagido a ocultar o corpo da vítima após o assassinato cometido por Gil Romero. Conforme relato de José Nilson, Gil apareceu com o corpo da jovem, já sem vida e apresentando sinais de asfixia. O gerente também admitiu que ambos colocaram o corpo de Débora em um tonel, que foi incendiado, antes de ser abandonado em local remoto.
José Nilson, que também foi preso, colaborou com as autoridades ao indicar o local onde o corpo de Débora foi ocultado, o que levou à descoberta da cena do crime.
(*) Com informações do g1