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Manaus, AM – Há pouco mais de um ano das eleições municipais, a disputa pela principal cidade da Região Norte está a todo vapor nos bastidores da política amazonense. Ser prefeito de Manaus é um sonho cobiçado por vários políticos. Além do próprio David Almeida, que está com “a chave do cofre” na mão, Amom Mandel e Joana Darc, campeões de votos ano passado, e José Ricardo, maior nome do PT local sem mandato, estão no topo da lista de prefeituráveis. Presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, o popular deputado Roberto Cidade poderia ser um dos nomes, mas tem Wilson Lima para frear suas ambições.
DAVID ALMEIDA DUAS VEZES?
Quem está na cadeira de prefeito larga como favorito naturalmente. David tem por trás dela a propaganda do que está fazendo. Usa e abusa das redes sociais todos os dias, inclusive das redes da própria Prefeitura, ainda que personalizar a gestão seja uma ação proibida por Lei. Pesquisas recentes divulgadas por seus apoiadores dão a ele uma margem de aprovação gigante.
Questionáveis ou não, os números bombam a campanha do prefeito, que nunca desceu do palanque. Ainda em busca de um partido que lhe dê verba e espaço na TV para a campanha, o prefeito segue com Wilson Lima a tira colo, entre uma alfinetada e outra, contando que com o apoio da maquina estadual e municipal seja “imbatível” nas urnas, livrando a imagem de uma gestão marcada por escândalos como os fura-filas da vacina, doação de alimentos vencidos e até denúncia de negociação com facções criminosas.
AMOM, PEDRA NO SAPATO
Comanda uma cidade com R$ 8,5 bilhões de orçamento explica o tamanho da sede dos políticos pela Prefeitura de Manaus. Entre eles está o deputado federal Amom Mandel. Vice-líder nas pesquisas, o criador do “buracômetro” faz mais do que monitorar as ruas esburacadas da cidade. É um perito no uso das redes sociais para incomodar David Almeida.
Acusado de deixar as atribuições em Brasília de escanteio, para ficar desgastando o atual prefeito, Amom aparece como o maior opositor da gestão atual, mas nega que tenha decidido ser candidato a prefeito. Eleito vereador e deputado com votações recordes, chegou a viajar com Wilson Lima para a Áustria, mostrando para David Almeida que pode bagunçar o jogo, aparentemente ganho.
JOANA, FILÓ E CRUZEIRO DE LUXO
Alavancada por se envolver no episódio da Capivara Filó, a deputada Joana Darc, segunda mais votada no ano passado, é outra que sonha com o comando de Manaus. Nos bastidores da Aleam ela revelou o desejo, mas a recente polêmica em que se envolveu, após “gazetar” o trabalho para passar em cruzeiro de luxo diminuiu suas chances.
Joana conta com a inauguração do hospital veterinário, causa animal com a qual é identificada. Além da opinião pública precisa vencer a resistência do partido. O União Brasil de Wilson Lima, dono do maior Fundo Eleitoral, deve apoiar David Almeida, indicando o vice na chapa, nome que hoje passar longe de Joana, ex-vice líder do governador, mas hoje menos prestigiada no mandato.
PT, LULA E A KOMBI
O ex-deputado federal José Ricardo já se prontificou a ser o candidato do PT em Manaus. Após o presidente do partido, o deputado estadual Sinésio Campos afirmar que a sigla terá candidato próprio, o “homem da kombi” está na fila. Com apoio de Lula, espera ser o nome da esquerda nas urnas.
Mas as reuniões do senador Eduardo Braga e do governador Wilson Lima, intermediadas pelo senador Omar Aziz, podem fazer Lula impor que o PT em Manaus não tenha candidato a prefeito, não atrapalhando os planos dos senadores para 2026, quando com apoio de Lula Omar e Braga esperam dar as cartas na disputa pelo Governo do Amazonas.
ELEIÇÕES 2024
Eleitores voltarão às urnas para escolher prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios brasileiros. O primeiro turno será no dia 6 de outubro. Manaus também vai eleger 41 vereadores, o que complica ainda mais as composições para a prefeitura, já que muitos precisam de partidos fortes para conquistar mandatos em suas bases regionais na cidade.
A Constituição definiu que o primeiro turno da eleição ocorrerá sempre no primeiro domingo de outubro. Só os municípios com mais de 200 mil eleitores têm, caso necessário, segundo turno, no último domingo de outubro, para o cargo de prefeito, caso nenhuma das candidatas ou candidatos ao cargo obtenha metade mais um dos votos válidos no primeiro turno.
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