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Motoristas e entregadores de aplicativo entram em greve em Manaus

A classe reivindica melhores condições de trabalho e reajustes nos valores das tarifas das corridas

Motoristas e entregadores de aplicativo entram em greve em Manaus

Foto: Reprodução / Redes Sociais

Manaus, AM – Motoristas e entregadores de aplicativo entraram em greve na manhã desta segunda-feira (15) para reivindicar melhores condições de trabalho e reajustes nos valores das tarifas das corridas. A mobilização também acontece em todo país.

A manifestação dos motoristas teve concentração na Bola do Produtor, na zona Leste da cidade, e seguiu até o Sambódromo, na zona Centro-Sul. Com reivindicações, a categoria pretende apresentar um pedido à Câmara Municipal de Manaus, para que os vereadores possam dar início a uma regulamentação.

A greve da categoria deve durar cerca de 24 horas, terminando na madrugada de terça-feira (16).

Paralisação no Brasil

O presidente da Amasp, Eduardo Lima de Souza, disse que a paralisação é porque o motorista de aplicativo está recebendo o mesmo desde 2016. “Até hoje, o motorista mantém o valor das corridas ganhando a mesma coisa. O setor automobilístico aumentou suas peças, o valor do veículo, o petróleo teve aumentos consecutivos, e as empresas não acompanharam esse aumento”, explicou.

Outra reivindicação da categoria é com relação ao sistema de cobrança. “De 2019 para cá as empresas mudaram o sistema de cobrança. Antes, você saía da sua casa para ir para o seu trabalho, por exemplo, você sabia que esse valor informado seria o mesmo que você pagaria. Atualmente não é isso mais, e com isso a taxa cobrada dos motoristas também está sofrendo essa variação. As empresas reajustaram os valores das tarifas para os passageiros, mas não repassaram para os motoristas, fazendo com que o valor de uma corrida chegue até 60% de desconto de taxa. Com isso, os motoristas estão trabalhando longas horas, chegando no final do dia com o lucro muito baixo, fazendo com que ele tenha que trabalhar todos os dias”, lamentou.

Outro lado

Em nota, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) disse que “respeita o direito de manifestação e informa que as empresas associadas mantêm abertos seus canais de comunicação com os motoristas parceiros, reafirmando a disposição para o diálogo contínuo, de forma a aprimorar a experiência de todos nas plataformas”.

A plataforma 99 informou, por meio de nota, que tem conversado com os motoristas do aplicativo e que tem programas de apoio à categoria. “Ouvindo e conversando com cerca de 2 mil motoristas todos os meses, a 99 adotou soluções permanentes para incrementar os ganhos no app: foi a primeira plataforma a oferecer a taxa garantida, que assegura aos condutores a taxa máxima semanal de até 19,99%”.

O aplicativo ainda informou que foi pioneiro em iniciativas com o Adicional Variável de Combustível, um auxílio no ganho que aumenta sempre que o combustível sobe. “Além disso, lançou outros programas como: kit gás; consórcios com taxas mais baixas para a compra de veículo; vantagens no aluguel de carros; o 99Loc, que amplia o acesso à locação de veículos e o DriverLAB, um centro de inovação criado pela 99 para fortalecer o cuidado com o motorista e a redução de seus custos operacionais.”

A reportagem entrou em contato com a Uber e aguarda a resposta da plataforma.

(*) Com informações da Agência Brasil

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