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Saúde

STF forma maioria para liberar pagamento do piso salarial da enfermagem no setor público, mas com condições

Entre as condicionantes, está mecanismo para custear gasto no setor público

STF forma maioria para liberar pagamento do piso salarial da enfermagem no setor público, mas com condições

Foto: Reprodução / Agência Brasil

Brasília, DF – Nesta sexta-feira (30 /06), o Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou uma maioria de votos favoráveis para liberar, com critérios específicos, o pagamento do piso salarial da enfermagem no setor público. Durante o julgamento no plenário virtual, os ministros analisaram uma decisão individual do relator, Luís Roberto Barroso, e a expectativa é de que o veredicto seja concluído até o fim da noite de sexta-feira.

Até o momento, seis ministros do STF manifestaram-se para seguir o voto conjunto de Barroso e Gilmar Mendes, que defendem a liberação do pagamento do piso salarial, porém com algumas condicionantes. Entre as medidas propostas, destaca-se a necessidade de um mecanismo para custear os gastos no setor público caso seja preciso complementar o valor inicialmente previsto para cumprir a medida.

A proposta inclui a possibilidade de a União abrir crédito suplementar, utilizando como base as emendas parlamentares individuais ao Orçamento destinadas a ações e serviços públicos de saúde, com o intuito de cobrir eventuais impactos extras do Poder Público no pagamento da remuneração à categoria. Além disso, sugere-se que o valor do piso seja proporcional nos casos de carga horária inferior a 8 horas diárias ou 44 horas semanais.

No entanto, em relação ao setor privado, ainda não há um consenso entre os ministros sobre as regras para o pagamento do piso salarial. Barroso e Mendes propuseram um prazo de transição de 60 dias, a fim de proporcionar um tempo adequado para que empregadores e trabalhadores possam negociar uma eventual flexibilização do piso salarial.

Por outro lado, os ministros Toffoli, Moraes e Fux defendem que os trabalhadores do setor privado devem receber o piso salarial de forma regionalizada, respeitando as regras de cada Estado e por meio da negociação entre patrões e empregados. Já os ministros Edson Fachin e Rosa Weber votaram a favor do pagamento imediato do piso salarial da enfermagem para todos os setores.

Com relação ao prazo de transição, Barroso e Mendes reiteraram a importância de estabelecer um período de 60 dias, a fim de garantir que empregadores e trabalhadores do setor privado tenham tempo suficiente para negociar uma possível flexibilização do piso salarial.

Os ministros Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Luiz Fux concordaram com o voto conjunto de Barroso e Mendes. No entanto, Toffoli, Moraes e Fux propuseram um avanço em relação aos colegas, argumentando que os trabalhadores do setor privado devem receber o piso salarial de forma regionalizada, considerando as normas de cada Estado e por meio de negociações entre empregadores e trabalhadores.

(*) Com informações do g1

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