Manchester, ING – No centro de uma polêmica, o jogador do Manchester United, Antony, agora enfrenta sérias acusações feitas por sua ex-namorada, a DJ e influenciadora Gabriela Cavallin. Ela alega que o atleta utilizou a estrutura do clube inglês para encobrir uma série de agressões que teriam ocorrido durante o período em que estiveram juntos, abrangendo o ano de 2022 até este ano.
O pedido de indiciamento de Antony à Delegacia de Defesa da Mulher, que atualmente investiga o caso, veio acompanhado de evidências na forma de mensagens de WhatsApp e áudios. Gabriela alega que essas provas atestam as agressões que sofreu e a tentativa do jogador em abafar os incidentes.
As revelações recentes desencadearam uma série de repercussões na carreira de Antony. Na sequência da divulgação das acusações pelo portal Uol na última segunda-feira (4/9), o técnico da Seleção Brasileira, Fernando Diniz, optou por excluí-lo dos jogos contra Bolívia e Peru, válidos pelas Eliminatórias da Copa.
O caso encontra-se sob investigação da polícia de São Paulo, e Gabriela já obteve uma medida protetiva contra Antony no Brasil.
De acordo com Gabriela, as agressões físicas e verbais ocorriam durante episódios de ciúmes, que frequentemente resultavam em objetos quebrados e ameaças. Em uma das mensagens de WhatsApp apresentadas como prova, Antony teria escrito: “Tomara que você morra”. O jogador, por sua vez, nega veementemente as acusações.
Um dos incidentes mais graves, segundo o relato de Gabriela à polícia, teria acontecido em 15 de janeiro deste ano, em um quarto do Hotel Hyatt Regency Manchester, onde Antony realiza seus treinamentos. Durante um surto de ciúmes, ele teria cabeceado Gabriela, causando um corte em seu couro cabeludo. Posteriormente, a teria agarrado com violência e a jogado com força na cama, resultando no deslocamento de uma prótese de silicone no seio de Gabriela, que posteriormente precisou de uma cirurgia reparadora.
Após esse episódio, Antony teria deixado o hotel e acionado Daniele Bertoli, um funcionário do Manchester United, para obter ajuda. Bertoli, descrito como alguém que fornece suporte aos jogadores do clube inglês, foi quem chamou um médico para atender Gabriela após as supostas agressões. A defesa da ex-namorada alega que isso foi feito com a intenção deliberada de encobrir o incidente e evitar que Gabriela procurasse assistência médica em um hospital ou clínica, onde ela provavelmente seria questionada sobre o que aconteceu e quem a agrediu.
Diante da acusação de que Antony usou a estrutura do Manchester United para tentar ocultar o crime, o advogado de Gabriela, Daniel Bialski, solicitou à Polícia Civil de São Paulo que investigasse formalmente o clube inglês sobre as responsabilidades de Bertoli e a assistência prestada a pedido do jogador brasileiro naquele dia.
Em uma declaração nas redes sociais e também durante seu depoimento à polícia, Antony reiterou sua inocência: “Posso afirmar com tranquilidade que as acusações são falsas, e que a prova já produzida e as demais que serão produzidas demonstram que sou inocente das acusações feitas. Minha relação com a Sra. Gabriela era tumultuada, com ofensas verbais de ambos os lados, mas jamais pratiquei qualquer agressão física”, afirmou o jogador em seu perfil no Instagram.
(*) Com informações do Metrópoles
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