Foto: Divulgação
Manaus, AM – O jornalista Anderson Silva, proprietário do Portal Canal92AM, passou por um momento de grande risco na noite de quinta-feira (12), quando quase foi degolado por uma linha de cerol enquanto trafegava pelo viaduto da Bola do Coroado, na zona Leste de Manaus.
Segundo Anderson, o incidente ocorreu por volta das 22h57, quando ele voltava para casa após compromissos profissionais. “Foi tudo muito rápido. Eu estava em baixa velocidade quando a linha me atingiu e começou a me puxar. Fiquei agoniado, senti a dor, coloquei a mão e vi que era uma linha, que saiu cortando minha mão”, relatou o jornalista.
O choque foi imediato, e Anderson descreveu a sensação de pânico que tomou conta do momento. “Todo motoqueiro teme a linha de cerol. À noite, você não espera que, às 22h57, tenha uma linha dessas atravessando a avenida. Eu fiz questão de enrolar toda a linha e guardar, para mostrar para as pessoas. Não era só um pedacinho, era uma linha grande que cruzava a avenida”, explicou.
Ele descreveu ainda o desespero ao perceber o risco iminente: “Na hora, você entra em desespero. A linha começa a cortar o pescoço, queima… Estou com o pescoço todo queimado, ardendo. É algo automático, você coloca a mão para se proteger. Foi aí que a linha cortou meu dedo e quase arrancou minha unha. Se eu estivesse em alta velocidade, com certeza teria morrido”, disse Anderson, ainda abalado.
Apesar do susto e dos ferimentos, o jornalista se considera sortudo por estar vivo. “Graças a Deus, o Pai do Céu é maravilhoso. Foi dolorido, mas podia ter sido pior. O sentimento agora é de cuidado, especialmente para quem ainda usa linha de cerol. Não sou contra soltar pipa, mas o uso de linha de cerol, principalmente na cidade, é muito perigoso”, desabafou.
O cerol é uma mistura de cola e vidro moído, usada para tornar as linhas de pipa mais cortantes, e continua a ser um grave problema em várias cidades brasileiras, incluindo Manaus. Mesmo com leis que proíbem seu uso, a prática persiste, resultando em inúmeros acidentes graves, principalmente envolvendo motociclistas e ciclistas.
O caso de Anderson serve como alerta, já que acidentes fatais causados por linhas de cerol já foram registrados em Manaus.
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