Manaus, AM – Os réus Erick Anderson Muniz Castro e João Matheus Souza Sarmento foram condenados, respectivamente, a 28 anos e 21 anos de prisão pela morte da adolescente Lenita da Silva e Silva, ocorrida em maio de 2020, no ramal da Praia Dourada, bairro Tarumã, zona Oeste de Manaus. A adolescente foi morta em uma emboscada, em meio a uma guerra entre duas facções rivais.
O julgamento foi realizado pela 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, na segunda-feira (12), no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis. Um terceiro acusado de participação no homicídio qualificado, Cleandro Vasconcelos Viana, foi absolvido pelos jurados.
A sessão de julgamento popular foi presidida pelo juiz de direito James Oliveira dos Santos. A promotora de Justiça Clarissa de Moraes Brito atuou pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM).
Durante interrogatório, João Matheus disse que foi Erick Anderson quem fez os disparos contra a adolescente e que não sabia que ele iria matá-la. Cleandro negou participação no crime. Erick também negou ter matado Lenita. Após os debates, o Conselho de Sentença, na votação dos quesitos propostos, por maioria de votos entendeu que os réus João Matheus Souza Sarmento e Erick Anderson Muniz Castro cometeram o crime, conforme imputado na denúncia oferecida pelo Ministério Público, condenando os dois acusados.
João Matheus respondia ao processo em liberdade e o magistrado que presidiu a sessão de julgamento popular concedeu a ele o direito de recorrer da sentença em liberdade. Erick Anderson Muniz Castro já tem uma condenação de 17 anos e seis meses em outro processo que tramita na 3.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus. Com nova condenação, o magistrado ordenou que ele inicie de imediato o cumprimento provisório da pena.
Denúncia
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Amazonas, na noite de 23 de maio de 2020, os acusados participaram do homicídio de Lenita, que foi morta a tiros no ramal da Praia Dourada.
Consta no inquérito policial, que João Matheus enviou mensagens à adolescente, chamando-a para ir a uma festa, tendo esta aceitado o convite. A vítima teria enviado mensagem avisando que já estava “arrumada”. Após ser apanhada no bairro onde morava, todos seguiram de carro para a estrada da Praia Dourada, onde a menina foi morta e seu corpo foi abandonado no local.
Segundo informações da fase de inquérito policial, a morte da menina teria relação com a disputa entre facções criminosas. Durante o interrogatório, em plenário, um dos réus afirmou que a vítima tinha envolvimento com pessoas ligadas a uma facção. Das sentenças, cabe apelação.
(*) Com informações do TJAM
Leia mais:
Foragido é preso dentro de avião ao tentar sair de Manaus