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“Brasileiros precisam sair o mais rápido possível do país”, diz embaixador brasileiro na Palestina

Os cidadãos brasileiros aguardam a abertura da fronteira entre Gaza e o Egito há três semanas, com a esperança de que possam ser transportados até o Cairo

“Brasileiros precisam sair o mais rápido possível do país”, diz embaixador brasileiro na Palestina

Foto: Reprodução

Ramallah, PLE Embaixador brasileiro na Palestina, Alessandro Candeas, tem enfatizado a urgente necessidade de permitir que cidadãos brasileiros localizados na Faixa de Gaza sejam evacuados em cooperação com as partes envolvidas, garantindo seu retorno seguro ao Brasil. Essa preocupação vem à tona à medida que as condições de vida e segurança se deterioram rapidamente, especialmente no sul de Gaza, onde os incessantes bombardeios têm causado escassez de alimentos, água e medicamentos.

Os cidadãos brasileiros, incluindo aqueles com problemas de saúde, têm recebido atendimento à distância de médicos e psicólogos na Cisjordânia, contratados pelo escritório brasileiro em Ramallah. A escassez de água é uma das maiores angústias enfrentadas, de acordo com informações de diplomatas.

O embaixador Candeas destaca que a situação está sendo tratada em níveis políticos mais elevados, com o presidente Lula, o chanceler Mauro Vieira e o assessor especial da Presidência Celso Amorim se comunicando com seus homólogos na região. Até o momento, no entanto, não houve sucesso, uma vez que a permissão para a saída depende de Israel e do Egito, que coordenam a única passagem entre Gaza e o Egito.

Os cidadãos brasileiros aguardam a abertura da fronteira entre Gaza e o Egito há três semanas, com a esperança de que possam ser transportados até o Cairo, de onde embarcarão em um voo da Força Aérea Brasileira para retornar ao Brasil. A situação na fronteira com o Egito é descrita como desafiadora, com dificuldades para a entrada de caminhões de ajuda humanitária, escassez de água, gás e comida.

Uma jovem brasileira, Shahed al-Banna, de 18 anos, relata as condições difíceis na fronteira com o Egito, mencionando a falta de recursos básicos e o medo constante de bombardeios. Ela agradece o auxílio da Embaixada brasileira, que tem fornecido comida, água e gás ao grupo.

O embaixador Candeas ressalta que a espera pela abertura da fronteira é preocupante e que esforços estão sendo feitos para proteger os brasileiros, disponibilizando informações de localização para evitar bombardeios e enviando recursos para adquirir alimentos, água, gás e medicamentos no mercado local. Além disso, assistência médica e psicológica à distância está sendo oferecida.

Ele espera que a plena abertura de um corredor humanitário pela ONU para o transporte de ajuda humanitária possa contribuir para resolver a situação. Além dos brasileiros, centenas de estrangeiros enfrentam desafios semelhantes.

No total, 34 pessoas estão sob a custódia da diplomacia brasileira, incluindo 24 brasileiros, 7 palestinos em processo de imigração e 3 palestinos familiares próximos que darão início à imigração. O grupo sob o cuidado do governo do Brasil é composto por 18 crianças, 10 mulheres e 6 homens, distribuídos entre as cidades de Rafah (18 pessoas) e Khan Yunis (16 pessoas).

(*) Com informações da Folha de São Paulo

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