Manaus, AM – O ativista social Antônio Monteiro alertou o Poder Público sobre a possível pior seca dos últimos anos, superando até mesmo a seca do ano passado, em uma denúncia enviada ao portal Norte em Foco. Visitando uma área ribeirinha do Puraquequara, Monteiro constatou que o nível do rio está muito abaixo da normalidade, chamando a atenção para as consequências devastadoras que a seca pode acarretar.
Morador da comunidade, o senhor Iranilson mencionou as dificuldades enfrentadas devido à estiagem, como a impossibilidade de pescar, restrições na locomoção e a escassez de água potável de qualidade. Além disso, destacou perdas na agricultura familiar e danos em canoas e barcos, entre outros problemas.
Expressando sua preocupação, Antônio Monteiro, com sua origem ribeirinha, conhecedor das dificuldades enfrentadas durante a seca, enfatizou o impacto profundo na vida diária do ribeirinho. Segundo ele, uma seca dessa magnitude afeta significativamente as comunidades, pois o rio representa a principal via de acesso, resultando em dificuldades logísticas e escassez de alimentos devido à morte dos peixes nos lagos, bem como impactos significativos na agricultura familiar, sem o devido apoio do Poder Público.
Monteiro também criticou a falta de acesso à água potável, uma vez que as comunidades dependem dos rios, o que se torna inviável durante períodos prolongados de seca. Ele alertou para a inação dos vereadores de Manaus diante desta calamidade, previamente alertada por especialistas, enfatizando a invisibilidade do contexto rural de Manaus aos olhos dos representantes políticos.
O ativista lembrou que o ano de 2023 ficará marcado como um ciclo de colapso ambiental no Amazonas, enfrentando uma seca extrema, queimadas recordes e o dia mais quente dos últimos 30 anos. Ele ressaltou que este cenário não só afeta o presente, mas também prenuncia desafios futuros para as próximas gerações, exigindo mudanças urgentes para garantir um futuro sustentável.
Além disso, o rio Negro alcançou apenas 13,59 metros, o nível mais baixo registrado desde 1902, refletindo a gravidade da seca em mais de 120 anos de medição. No interior do estado, todos os municípios entraram em emergência devido à seca recorde, afetando mais de 600 mil pessoas, conforme relatado pela Defesa Civil. Comunidades remotas, acessíveis apenas por rios, enfrentaram isolamento e dificuldades extremas.
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