
Givancir Oliveira afirmou que a paralisação parcial da frota de ônibus em Manaus foi apenas um “aquecimento” para a greve anunciada para esta quarta-feira (16)
Manaus, AM – O desembargador David Alves de Mello Júnior, do TRT11 (Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região), determinou, na noite desta terça-feira (15), a intimação urgente do Sindicato dos Rodoviários para que esclareça no prazo de 24 horas se a categoria continuará com a paralisação. Para assegurar a intimação, o desembargador autorizou o uso de força policial, arrombamento de portas e intimação em qualquer hora ou local dos dirigentes do sindicato laboral.
“Diante da urgência da medida, determina-se que este Despacho tenha força de Mandado, para ser cumprida por Oficial de Justiça de plantão com a máxima brevidade, o qual poderá, se necessário, requisitar força policial para assegurar o cumprimento da medida, utilizando-se de todos os meios necessários para cumpri-la, incluindo, mas não se limitando a utilização de chaveiro, arrombamento de portas, além de poder cumprir em qualquer hora, em qualquer lugar e na pessoa de qualquer representante ou dirigente do sindicato requerido”, diz o despacho.
A medida ocorre após o Sinetram (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Amazonas) comunicar que os rodoviários devem paralisar o serviço nos próximos dias. A informação da paralisação foi do presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira. O Sinetram afirmou que a continuidade do movimento paredista pode trazer transtornos à população.
Por volta de 16h, em entrevista coletiva, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, disse que a paralisação continuará nos próximos dias. “Foi só o aquecimento. Não houve greve ainda. Vai ter greve a partir de amanhã. Neste exato momento, nem o Sinetram, nem a prefeitura deram algum sinal para os trabalhadores”, disse Givancir.
A greve, iniciada às 4h da manhã, foi motivada por reivindicações de reajuste salarial de 12% e a manutenção dos cobradores nos ônibus. Apesar da determinação judicial que exige a manutenção de 70% da frota nos horários de pico e 50% nos demais períodos, sob pena de multa de R$ 60 mil por hora de descumprimento, a paralisação afetou diretamente cerca de 350 mil passageiros.
Na segunda-feira (14), o desembargador proibiu bloqueios nas garagens das empresas e qualquer ação que impeça o funcionamento do serviço público essencial. Conforme a decisão, manifestações devem ocorrer a no mínimo 150 metros das entradas dos estabelecimentos.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, afirmou que a greve é o último recurso após várias tentativas de negociação sem sucesso. Ele declarou: “Nosso último recurso é a greve. Já fizemos várias tratativas de acordo, mas sem sucesso. Então, vamos pra ‘guerra’”.
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