Manaus, AM – Após a rejeição pelos vereadores na quarta-feira (8), a Prefeitura de Manaus, liderada pelo prefeito David Almeida (Avante), anuncia a decisão de reenviar o pedido de empréstimo no valor de R$ 600 milhões à Câmara Municipal de Manaus (CMM). A confirmação veio durante uma entrevista coletiva conduzida pelo prefeito na noite desta quinta-feira (9).
Almeida destaca a necessidade crucial de investimentos na capital, apesar da saúde financeira da prefeitura. Ele aponta a liquidez limitada no momento, destinada apenas aos pagamentos essenciais, devido ao endividamento hereditário de R$ 2,7 bilhões. A gestão anterior amortizou R$ 1,83 bilhão em oito anos, enquanto Almeida afirma já ter pago R$ 1,9 bilhão em apenas três anos.
O prefeito detalha minuciosamente o plano para os R$ 600 milhões, respondendo a críticas anteriores sobre a falta de transparência no uso dos fundos. Entre as alocações propostas estão R$ 70 milhões para o desassoreamento de 12 igarapés, R$ 50 milhões para obras em voçorocas, a construção da “Praça da Bíblia” e melhorias substanciais em infraestrutura, incluindo unidades básicas de saúde, creches, terminais de ônibus e asfaltamento de ruas.
Após a votação que resultou em um impasse de 19 a 19, o presidente da CMM, Caio André (Podemos), desempatou com um voto negativo. Agora, a prefeitura tem uma semana para reenviar a proposta. Almeida lamenta a decisão, classificando-a como um dia triste para a população de Manaus, e promete reverter a situação, contando com o apoio da comunidade para pressionar os vereadores.
“Foi uma votação triste, um dia triste para a população de Manaus, mas que nós vamos, através da própria população reverter. Eu vou reenviar a mensagem pra câmara e mostrar que a votação não atendeu os interesses da população. Espero que os vereadores que votaram contra revejam a suas posições. Nessa votação, quem sofreu foi o povo. Outros interesses foram atendidos, não o interesse da população”, finalizou Almeida.
(*) Com informações da a crítica
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