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Economia

Nova política da Petrobras e o impacto no preço da gasolina no Amazonas

Especialistas esclarecem a situação da gasolina e perspectivas econômicas para o estado

Nova política da Petrobras e o impacto no preço da gasolina no Amazonas

Foto: Reprodução / Agência Brasil

Manaus, AM – Nessa semana, entrou em pauta pública a nova política de preços adotada pela Petrobras, que deve baratear a gasolina em todo o Brasil, exceto em alguns estados que tiveram suas refinarias privatizadas e possuem uma política própria, como é o caso do Amazonas. O Norte em Foco conversou com especialistas na área para entender como ficaria a situação da população amazonense, que faz uso diário desses combustíveis.

O economista Origenes Martins tratou de acalmar os ânimos nesse momento inicial. Ele disse que não é porque a Refinaria do Amazonas (Ream) possui políticas próprias que a gasolina aqui não vai baixar. Existem órgãos reguladores que não permitem que as refinarias privatizadas pratiquem preços abusivos em suas áreas de atuação.

“A Ream não dita o preço do combustível no Amazonas como se pensa. Existem outros distribuidores, até porque ela não consegue atender toda a demanda do estado. Como uma das concessionárias de refinaria, se ela não cumprir todas as políticas às quais ela se propôs, ela pode perder essa concessão que ganhou. Uma dessas políticas propostas é o abuso de preços. Se ela abusar e os órgãos reguladores entenderem que é abusivo, ela perde essa concessão”, disse o economista.

Quando perguntado se a bancada federal poderia apresentar um projeto ou lei para que a Ream seguisse a política da estatal, o economista afirmou que o que os políticos podem fazer é lidar com a questão da redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), já que os amazonenses pagam um dos maiores impostos do Brasil.

“Os políticos amazonenses, tanto a bancada federal quanto a estadual, não podem alterar o preço da gasolina. Como eu disse, já existem órgãos reguladores encarregados disso. O que eu acredito que eles possam fazer para reduzir o preço da gasolina é zerar o ICMS. Se não for possível zerar – uma vez que o estado também precisa arrecadar – pelo menos podem diminuir o imposto, já que os amazonenses pagam um dos mais altos do Brasil”, declarou Origenes.

Impacto na Economia Local

Nossa equipe perguntou como essa redução de preços influencia a economia do estado, mesmo que a Ream não siga os preços da Petrobras.

“A influência é significativa, mesmo que o preço da gasolina nas bombas do estado não diminua diretamente. Os produtos trazidos para cá terão um custo de transporte menor, já que vêm de outros estados, reduzindo assim os preços nas lojas e supermercados. Com essa diminuição de preços, a população terá mais poder de compra, o que fará o dinheiro circular no estado, aumentando também as oportunidades de emprego”, concluiu o especialista.

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