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Welton Oda

O mundo árabe contra-ataca!

No Oriente, “Palestina Livre” é o grito que não quer calar!

O mundo árabe contra-ataca!

Foto: Reprodução/ Canva

O vitimismo israelense só convence os incautos. Quem conhece um mínimo de história não cai na cantilena midiática dos “pobrezinhos” atacados por terroristas palestinos. Particularmente, estava acompanhando, antes dos ataques do Hamas, as agressões, humilhações e violências dos soldados israelenses contra civis palestinos e também de colonos de extrema-direita, armados, aterrorizando famílias em suas próprias casas. Esse era o dia-a-dia dos palestinos antes dos ataques do Hamas. O governo israelense, desde sua criação, tem ocupado, centímetro a centímetro, ano após ano, o território palestino, com violência, opressão e uma política genocida que visa, literalmente, exterminar esse povo, como tentaram os nazistas exatamente contra os judeus, por paradoxal que pareça.

No Brasil, a cobertura midiática é fortemente influenciada pela Rede Globo, mas também por outras grandes empresas de rádio e TV que adotam o tom estadunidense de fazer jornalismo. Assim, são constantes os ataques à Cuba, à Venezuela, à China, com cobertura enviesada diante de temas como Guerra da Ucrânia, por exemplo. No caso de Israel, braço estadunidense no Oriente Médio, a Globo escreve torto por linhas tortíssimas. Por isso, embora EUA e Israel sejam estados terroristas, na telinha do plim-plim, parecem sucursais do Paraíso.

Ninguém se lembra que foram os EUA que jogaram bombas atômicas no Japão? Aliás, a de Hiroshima foi jogada sobre um hospital, como fez Israel, na Faixa de Gaza, no dia de ontem. Os EUA mataram, na década de 1960, o Presidente do Chile Salvador Allende, para colocar uma das pessoas mais tenebrosas da história humana no poder: Pinochet. Mas vamos falar da Palestina, porque se começar a falar do currículo terrorista dos EUA, passaremos dias aqui.

Não é à toa que o brasileiro médio, aquele que tem acesso à informação, sem filtros, pela telinha da Globo, vê um terrorista em todo árabe, um cidadão de bem em cada estadunidense e os israelenses como pobres pessoas convivendo entre terroristas.

No Brasil, a ignorância é amplificada por inúmeras seitas neopentecostais e movimentos políticos de extrema-direita, que preparam nova Guerra Santa contra gays, comunistas, esquerdopatas, abortistas, feministas e afins. A epidemia de estupidez que assola a humanidade é semelhante à que assolou a Alemanha nazista. Os defensores da política assassina de Israel agem exatamente como os nazistas, são cegos idólatras apoiando o genocídio de palestinos feito às claras e televisionado para todo o mundo.

Ataques terroristas, como os do Hamas são indefensáveis? São, claro, tanto quanto os ataques diários, os assassinatos e invasões do território palestino pelo governo de Israel. Defender a existência do Estado de Israel é uma coisa que até mesmo a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) defende. Defender a política racista de Israel, defender o sionismo, a extrema-direita israelense, é algo bem diferente.

Assim como os judeus vivenciaram, estupefatos, o silêncio do mundo ante o holocausto, palestinos são exterminados aos olhos do mundo, enquanto parte significativa da humanidade, por estupidez ou má fé, apoia esse holocausto.

Enquanto isso, os EUA continuam a financiar ditadores árabes para roubar de seus povos o petróleo, financiar o governo terrorista de Israel para ter controle militar no Oriente Médio e, com isso, manter o povo árabe na miséria. Só que diferente dos brasileiros, que estão com a bunda na janela para os EUA passar a mão nela, os árabes odeiam cada vez mais o Ocidente e com justa razão.

No Oriente, “Palestina Livre” é o grito que não quer calar! Árabes do mundo, uni-vos!

 

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