São tempos de vergonha alheia, de estupidez coletiva, de leseira galopante. Então, cara leitora, caro leitor, por uma questão de amor próprio, siga as dicas abaixo. Digo amor próprio porque, se você quiser viver bem, ser amada(o) ou, pelo menos, não receber muito ódio alheio, é preciso lembrar que, no mundo, existem outras pessoas e, portanto, não dá pra sair fazendo o que dá na telha.
- Não seja o entregador de aplicativo que avança na faixa de segurança enquanto todo mundo parou e a senhora idosa está atravessando a rua;
- Não seja o sujeito que corta árvores em plena emergência climática! Essas são, desculpe a sinceridade, as piores pessoas;
- E o que dizer do sujeito que vota em candidato do PL? Nesse caso, vergonha alheia até de quem dá carona pra um sujeito desses no dia das eleições;
- Outro que causa vergonha alheia é aquele que diz: “Ai, gente, não existe racismo no Brasil”. Também não seja visto com uma pessoa dessas, pega mal!;
- Tem também o que te acorda no domingo pra entregar panfleto da igreja. Esses aí não têm nenhum semancol, ainda precisam entender que só eles mesmos acham isso legal;
- Agora… cá pra nós, a pessoa que não dá descarga e deixa aquele submarino boiando no vaso, hem? Pior quando mora em república. Sem noção a figura;
- Um chato comum é o que se acha espertão, escorando nos outros nos trabalhos da faculdade. Se ele se acha malandro, o resto da turma acha essa pessoa uma mala;
- Não dá pra esquecer do pobre de direita! O cara não tem onde cair morto, mas defende privatizar a educação, a saúde, porque, na cabeça do infeliz, “tudo vai melhorar”; defende o armamentismo, mas a única arma que poderá comprar é uma faquinha de cozinha;
- Não seja também o tiozão da realidade paralela, que acredita que a Terra é plana, que tem chip comunista na vacina de COVID, que o Lula morreu e outra pessoa usa uma máscara do Lula e assumiu a Presidência;
- Nessa lista de malas, tem também o adolescente/jovem que acha que não precisa fazer porra nenhuma em casa e que pode passar o dia todo no quarto jogando game ou lendo mangá. Mais mala que ele só os pais dele, que criaram o folgadão;
- Outro sujeito bem insuportável é o motoqueiro que usa uma descarga barulhenta, empina a moto pelas ruas e acha que tá abafando;
- Seu similar aquático usa jetsky e adora tirar o sossego das crianças, das famílias, que querem um dia de paz numa praia silenciosa e segura;
- E, para finalizar a lista, não seja o motorista que anda apressado no trânsito, buzinando, acelerando, andando colado na traseira dos outros carros. Se continuar assim, bom infarto!
Não estão, obviamente, incluídos na lista os racistas, lgbtfóbicos, intolerantes religiosos, porque essas pessoas não são só malas, são criminosas e merecem cadeia!
Se você não faz nenhuma dessas coisas listadas acima, parabéns, você é uma raridade, uma agulha no palheiro! Mas não basta! É preciso melhorar o plantel da humanidade, criticar, educar, denunciar, expor! Não basta não ser mala, é preciso ser antimala!