Até quando vamos respirar fumaça por causa dos incêndios? A Amazônia, mais uma vez, é alvo de sufocamento pela fumaça e pelos focos de queimadas que ocorrem em várias regiões do Norte do Brasil. Recentemente, os últimos levantamentos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) têm mostrado evidências de que o Brasil está enfrentando um aumento nas queimadas em todo o país, indicando que, em 2024, a incidência desses eventos tem superado a de 2023, quando o país passou pela mesma situação, especialmente na região Norte. Além disso, este ano, o INPE tem analisado os biomas brasileiros mais afetados e coloca, novamente, o bioma amazônico no centro das preocupações, como a região onde mais ocorrem focos de incêndio registrados.
Ademais, a estiagem nesta época do ano tem se intensificado cada vez mais, influenciada diretamente pelas mudanças climáticas. Contudo, apesar da seca severa, os focos de queimadas também são fruto da atividade antrópica. Até o momento, as autoridades buscam responsabilizar os culpados por esses atos danosos, mas ainda não há provas concretas que permitam punir quem comete esses crimes ambientais. Em algumas regiões do país, inclusive, houve a prisão de suspeitos, como, por exemplo, no estado de São Paulo. Consequentemente, várias cidades brasileiras decretaram calamidade pública devido aos focos de incêndio e à fumaça que atingem muitas regiões.
No estado do Amazonas, o cenário não é diferente das outras regiões, mas apresenta uma maior incidência de focos de incêndio. Por conta disso, a qualidade do ar em Manaus tem piorado, de acordo com o INPE. Atualmente, a população das cidades do estado do Amazonas respira fumaça há meses, desde o início dos incêndios que vêm ocorrendo em toda a região amazônica. Desse modo, o povo sofre com essa poluição, e o poder público ainda não conseguiu encontrar uma alternativa eficaz para instaurar investigações sobre as queimadas que estão acontecendo no estado. Mais uma vez, a população sofre asfixiada pela fumaça, pelos incêndios e pela seca dos rios amazônicos. Nos últimos meses, temos visto nossa paisagem escurecida, nossa floresta se tornando cinza, respirando ar poluído e nossa Amazônia em chamas.
Portanto, quem sofre com tudo isso? Os povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas, até chegar aos centros urbanos; torna-se, assim, um problema coletivo. Nesse sentido, esses crimes ambientais vêm acontecendo nos últimos anos, e combatê-los deve ser uma prioridade tanto do poder público quanto da sociedade. Por isso, é preciso mais providências imediatas, seja nas instâncias municipais, estaduais e federais, assim como rigor na punição de quem coloca fogo no meio ambiente, causando danos à saúde e à qualidade de vida da sociedade.
Os povos indígenas protegem a floresta e seus territórios pensando no futuro do amanhã e na geração dos seus filhos e netos para terem a oportunidade de viver com ela, mas e você, já pensou como vai deixar a Amazônia para sua geração vindoura? Pense nisso antes que seja tarde demais, não deixe a futura geração conhecer a Amazônia por meio de desenhos ilustrativos em livros; deixe-a conhecer como a antiga geração deixou a nós.