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Jair Renan, o ’04 de Bolsonaro’, é alvo de operação por suspeita de lavagem de dinheiro

Na manhã desta quinta-feira, a polícia do DF cumpriu mandados de busca e apreensão contra o filho do ex-presidente

Jair Renan, o ’04 de Bolsonaro’, é alvo de operação por suspeita de lavagem de dinheiro

Foto: Reprodução / Redes Sociais

Brasília, DF – Uma investigação em andamento que envolve Jair Renan Bolsonaro, conhecido como filho “04” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está lançando luz sobre um  cenário de delitos relacionados à integridade da fé pública e à suspeita de lavagem de dinheiro. A surpreendente reviravolta desse caso trouxe à tona a criação de uma identidade fictícia: Antônio Amância Alves Mandarrari.

A tática empregada pelo grupo, conforme detalhado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), consistia em utilizar esse fictício empresário como uma espécie de intermediário, com o objetivo de obter vantagens financeiras ilícitas e, ao mesmo tempo, camuflar a real propriedade das empresas fantasmas que operavam no esquema.

No epicentro dessa operação, realizada nesta quinta-feira (24), está Maciel Carvalho, figura central do esquema, de 41 anos. Ele e um cúmplice foram identificados como os supostos mentores por trás da criação da falsa identidade, que foi habilmente empregada na abertura de contas bancárias e como suposto titular de pessoas jurídicas, atuando como um “testa de ferro”. Maciel Carvalho, que já teve conexões comerciais com Jair Renan, possui um extenso histórico criminal, incluindo acusações de falsificação de documentos, estelionato, participação em organizações criminosas, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documentos falsos e até disparo de arma de fogo.

A investigação também revelou uma teia de falsificações ainda mais embaraçada. Os suspeitos se valiam de informações de contadores, sem a devida autorização destes, para forjar relatórios de faturamento e outros documentos relacionados às empresas sob investigação.

Denominada de Operação Nexum, a investida policial não se limitou a mandados de busca e apreensão endereçados a Jair Renan. A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot/Decor) executou outras duas ordens de prisão preventiva no âmbito dessa investigação em curso.

Na capital federal, as ordens foram cumpridas em diferentes regiões, nomeadamente Águas Claras e Sudoeste. Os alvos principais foram Maciel Carvalho e seus comparsas, sendo um deles um “testa de ferro” supostamente utilizado para dissimular a verdadeira propriedade das empresas. Paralelamente, mandados também foram cumpridos na Asa Sul, endereço que abriga empresas vinculadas aos suspeitos, além de Balneário Camboriú (SC), onde um dos envolvidos também foi alvo de busca em sua residência.

Um outro indivíduo sob investigação, cuja prisão foi decretada, atualmente encontra-se foragido, sendo procurado não apenas pelas autoridades ligadas a esse caso, mas também em relação a um homicídio ocorrido em Planaltina.

(*) Com informações do Metrópoles

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