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Amazonas

Rio Negro supera cota de inundação severa e atinge 29,02 metros em Manaus, aponta Defesa Civil

De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, a previsão é que o rio não atinja a marca histórica de 30,02 metros, registrada em 2021

Rio Negro supera cota de inundação severa e atinge 29,02 metros em Manaus, aponta Defesa Civil

Foto: Divulgação/Defesa Civil

O Rio Negro ultrapassou a cota de inundação severa e chegou a 29,02 metros nesta segunda-feira (30), segundo medição do Porto de Manaus e dados da Defesa Civil.

De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), a previsão é que o rio não atinja a marca histórica de 30,02 metros, registrada em 2021. A estimativa foi divulgada no 3º Alerta de Cheias da Bacia do Amazonas de 2025, há um mês.

O monitoramento do Rio Negro é feito com base nas cotas de medição, tendo como referência a cheia recorde de 2021. Veja classificação abaixo.

  • Cota máxima registrada (2021): 30,02m
  •  Inundação severa: 29,00m
  •  Inundação: 27,50m
  • Alerta: 27,00m

Confira a evolução do nível do rio entre 1º e 30 de junho no gráfico abaixo:

Fonte: Porto de Manaus

Em contraste com o atual cenário, em 2024 o rio registrou o menor nível da história: 12,11 metros. A seca severa afetou comunidades ribeirinhas, isolou áreas e impactou milhares de pessoas. Agora, a cheia traz novas preocupações.

No bairro Educandos, Zona Sul de Manaus, moradores reivindicam a construção de pontes de madeira para garantir o acesso às residências, especialmente nas áreas mais atingidas pelos alagamentos.

A aposentada Francisca de Alencar relata que a parte inferior de sua casa já foi completamente invadida pela água contaminada do igarapé.

“Alagou porque choveu, e aí vai enchendo. Ainda está enchendo, não muito, mas está”, contou.

Lixo e água no entorno de casas / Foto: Casa Militar

Cenário no Amazonas

A cheia também avança em outros municípios do Amazonas. Em Itacoatiara, o Rio Amazonas permanece acima da cota de inundação severa, que é de 14,20 metros.

Na medição mais recente, também desta segunda-feira (30), o nível era de 14,40 metros — a 1,8 metro da cota histórica de 15,20 metros registrada em 2021.

Em Anamã, 100% do território encontra-se alagado, de acordo com a Defesa Civil. Na sexta-feira, o Rio Solimões atingiu 17,09 metros. Diante da situação, moradores adaptaram-se transformando as ruas alagadas em balneários improvisados.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra adultos e crianças tomando banho, interagindo com animais, dançando e navegando em botes.

Apesar da aparente leveza de alguns momentos, a enchente acende um alerta para riscos à saúde, principalmente devido à contaminação das águas.

Rio Negro em Manaus atingiu a cota de inundação severa, com 29,03 metros, nesta sexta-feira (Foto: Arquivo/Casa Militar)

Confira as previsões da SGB para os municípios:

Manacapuru (Rio Solimões):

Previsão: 19,47m (entre 18,66 e 20,29m)
98% de chance de atingir cota de inundação (18,20m)
42% para inundação severa (19,60m)
Probabilidade inferior a 1% de superar a máxima de 20,86m (2021)

Itacoatiara (Rio Amazonas):

Previsão: 14,33m (entre 13,67 e 14,98m)
76% de atingir a cota de inundação (14,00m)
61% de atingir a cota severa (14,20m)
3% de superar a máxima de 15,20m (2021)

Parintins (Rio Amazonas):

Previsão: 8,48m (entre 7,97 e 8,99m)
56% de atingir cota de inundação (8,43m)
2% de atingir cota severa (9,30m)

Probabilidade inferior a 0,5% de superar a máxima de 9,47m (2021)

A cheia dos rios no Amazonas já afeta mais de 525 mil pessoas, segundo o boletim mais recente da Defesa Civil do Estado, divulgado neste domingo (29). As comunidades atingidas enfrentam dificuldades para se deslocar, perdas na produção agrícola e alagamentos em suas residências.

O consolidado também indica que 40 dos 62 municípios do estado estão em situação de emergência devido ao fenômeno.

Confira os municípios em situação de emergência pela cheia no Amazonas:

Guajará – Rio Juruá;
Ipixuna – Rio Juruá;
Itamarati – Rio Juruá;
Eirunepé – Rio Juruá;
Juruá – Rio Juruá;
Carauari – Rio Juruá;
Boca do Acre – Rio Purus;
Borba – Rio Madeira;
Nova Olinda do Norte – Rio Madeira;
Apuí – Rio Madeira;
Humaitá – Rio Madeira;
Manicoré – Rio Madeira;
Novo Aripuanã – Rio Madeira;
Atalaia do Norte – Rio Solimões;
Benjamin Constant – Rio Solimões;
Santo Antônio do Içá – Rio Solimões;
Tonantins – Rio Solimões;
Amaturá – Rio Solimões;
Fonte Boa – Rio Solimões;
Maraã – Rio Solimões;
São Paulo de Olivença – Rio Solimões;
Japurá – Rio Solimões;
Tefé – Rio Solimões;
Coari – Rio Solimões;
Jutaí – Rio Solimões;
Careiro da Várzea – Rio Solimões;
Careiro – Rio Solimões;
Manaquiri – Rio Solimões;
Anamã – Rio Solimões;
Careiro – Rio Solimões;
Anori – Rio Solimões;
Caapiranga – Rio Solimões;
Itacoatiara – Rio Negro;
Itapiranga – Rio Negro;
Boa Vista dos Ramos – Rio Negro;
Santa Isabel do Rio Negro – Rio Negro;
Manacapuru – Rio Solimões
Uarini – Rio Solimões
Urucurituba – Rio Amazonas
Alvarães – Rio Solimões

Além dos municípios em emergência:

18 estão em estado de alerta;
e quatro em situação de normalidade.

Fonte:G1AM

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