Manaus, AM – Faltando uma semana para o Festival Folclórico de Parintins, a preparação dos bois Caprichoso e Garantido foi deixada de lado, enquanto a pauta sobre o pagamento dos artistas ganhou destaque na reta final. Isso porque o presidente do boi vermelho, Antônio Andrade, ameaçou não colocar o Bumbá na arena por falta de dinheiro.
Antônio Andrade acompanhou o primeiro dia de ensaio técnico na Baixa do São José, e não houve relatos de reclamações ou protestos vindos dos torcedores do Bumbá, que assistiam a preparação. No entanto, o presidente foi cercado pela imprensa, que questionou a ação do presidente em pedir ajuda ao governo, mesmo já tendo recebido R$ 5 milhões da gestão de Wilson Lima.
Para os jornalistas, no local, Andrade alegou que o Boi Garantido fará uma apresentação ‘gigante’, mas que a gestão continua precisando de dinheiro para pagar os artistas. “Nós estamos trazendo todo mundo do Garantido que pode e quer ajudar, pessoas experientes porque o boi está enorme, está gigante. Queremos que esse boi deslize na arena, continuamos precisando de recursos, o Garantido precisa entrar na arena com seus artistas pagos, não temos ainda dinheiro pra isso.”, declarou o presidente à imprensa.
Do outro lado da Ilha Tupinambarana, o presidente Jender Lobato fez um acordo para sanar as dívidas trabalhistas do Boi Caprichoso. A informação foi compartilhada por ele, com entusiasmo.
Mesmo recebendo o mesmo valor que o rival, Lobato não demonstra preocupação com os recursos e tenta focar em defender o título do boi azul em 2023. No entanto, as atitudes do presidente do Caprichoso são vistas como uma indireta para o “caos” que vive o Boi Garantido.
Isso porque, no ensaio técnico de quinta-feira (22), Lobato afirmou que o Boi Caprichoso vai adiantar o pagamento dos artistas que constroem o espetáculo do Bumbá. “Uma gestão que respeita o Festival de Parintins, seus patrocinadores e o trabalhador Caprichoso”, escreveu a página oficial do boi.
Recursos
Ambos os bois, tanto Garantido quanto i Caprichoso, recebem o mesmo valor de patrocínio do governo do Amazonas e outros patrocinadores do Festival. Em 2023, o governo de Wilson Lima deu o repasse de R$ 5 milhões para ambos os bois.
Os bois também recebem outros milhões na conta: R$ 4,5 milhões em patrocínio; R$ 1,2 milhão da Coca-Cola; R$ 2,9 milhões em bilheteria. Ao todo, para o festival deste ano, os bois tem caixa o total de R$ 13,6 milhões.
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