Moscou, RU – Uma misteriosa queda de avião nas proximidades de Moscou, Rússia, tem agitado o cenário político e levantado questionamentos sobre um possível atentado direcionado. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um pronunciamento oficial hoje, abordando o incidente e refutando qualquer envolvimento de seu governo no caso.
O avião em questão, segundo informações da agência de aviação russa, transportava Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner, conhecido por seu papel em eventos políticos na região. Zelensky afirmou de forma enfática que as autoridades ucranianas não estão de maneira alguma relacionadas ao incidente.
“Todo mundo sabe quem está envolvido nisso”, declarou Zelensky, sinalizando para suspeitas que apontam para uma possível ação do governo russo, que estaria ligado à queda do avião como parte de uma estratégia para eliminar Prigozhin. Este, por sua vez, foi um ex-aliado de Vladimir Putin, mas havia se transformado em um adversário após liderar uma rebelião recente.
Enquanto a Ucrânia emitiu um pronunciamento oficial, as autoridades russas optaram por um silêncio completo até o momento. Mesmo durante uma videoconferência com os membros do grupo BRICS, o presidente russo Vladimir Putin evitou tocar no assunto de Prigozhin ou da queda da aeronave.
O Kremlin, geralmente ativo em suas coletivas de imprensa diárias, surpreendeu ao não fornecer qualquer informação sobre o incidente até o presente momento.
Diante desse cenário, especulações se multiplicam quanto aos eventos que levaram à queda do avião, uma vez que a causa do acidente permanece desconhecida. Fontes ligadas à inteligência do Ministério da Defesa britânico, em contato com a BBC, sugerem que a FSB, agência de inteligência russa, pode ter arquitetado um atentado visando eliminar Prigozhin.
Um fator crucial para esclarecer a situação será a identificação dos corpos das vítimas. Segundo a agência de aviação russa, não houve sobreviventes. Contudo, autoridades em Tver, cidade próxima a Moscou onde a aeronave caiu, informaram que os corpos já foram transferidos para fins de identificação. Isso, no entanto, tem sido dificultado devido ao estado precário em que os corpos se encontram.
(*) Com informações do g1
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