Manaus, AM – O senador Eduardo Braga está fazendo todos os esforços possíveis para a cassação do mandato de Wilson Lima (UB) e seu vice Tadeu de Souza (Avante). Na justiça, ocorre o “terceiro turno” entre os dois cabeças da política amazonense. No novo capítulo da disputa, o ex-governador alegou que programas da Prefeitura de Manaus em 2022 – ano da eleição governamental – foram criados pelo Prefeito David Almeida (Avante) para promover a campanha do então candidato à reeleição, Wilson Lima.
Na acusação de Braga, os programas “Asfalta Manaus” e “Passe Livre Estudantil” foram criados apenas como forma de propaganda velada, já que a população não precisaria fazer nenhum tipo de cadastro para participar dos programas. Logo, a publicidade não poderia ser feita em período político.
Anteriormente, Braga havia entrado com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) contra o governador reeleito. Na ocasião, o senador do Amazonas pedia a impugnação da candidatura de Lima por uso da estrutura das Forças de Segurança do Estado do Amazonas, alegando que Wilson fez o uso para veiculação de propaganda pessoal na televisão e redes sociais durante a campanha eleitoral.
A defesa de Wilson Lima se posicionou, dizendo que os programas da Prefeitura independem do Governo Estadual e que não tinham conhecimento prévio dos projetos e ações da Prefeitura de Manaus. Sendo assim, não há motivo para a cassação da chapa Wilson-Tadeu, já que os investigados pelo MPE seriam apenas a Prefeitura de Manaus e o prefeito David Almeida
Em contrapartida, a Prefeitura de Manaus se defende, dizendo que precisava fazer a propaganda dos programas devido à lei de prestação de contas. A acusação de Braga discorda da versão dada pela prefeitura, já que, como não era necessário nenhum tipo de cadastro ou recadastro pela população, a propaganda não era necessária.
Wilson e David
No documento de acusação de Eduardo Braga, também fica explícito as relações interpessoais de Wilson Lima e David Almeida, já que foi o prefeito da capital amazonense que indicou o vice de Wilson, Tadeu de Souza. Tanto David quanto Tadeu fazem parte do mesmo partido político, o Avante.
Posição do MPE
Após a exposição dos fatos de acusação e de defesa, o Ministério Público do Estado julgou a favor da procedência dos fatos e dará continuidade ao processo de cassação e inelegibilidade dos acusados.
Leia mais:
Convenção do União Brasil que daria comando a Wilson Lima é suspensa pela Justiça