Siga nossas redes

Brasil

Desmatamento na Amazônia cai em julho, Cerrado encara cenário oposto

Alertas de desmatamento caíram na Amazônia Legal, enquanto dispararam no Cerrado, revelam dados de julho do Inpe

Desmatamento na Amazônia cai em julho, Cerrado encara cenário oposto

Foto: Reprodução / Agência Brasil

Manaus, AM – O monitoramento via satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) trouxe novidades em relação ao desmatamento nas florestas brasileiras. De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (3/ 8), a Amazônia registrou uma redução significativa de 66% no desmatamento durante o mês de julho. Essa é a maior queda verificada nos últimos quatro anos, apontando para ações positivas no combate ao desmatamento ilegal nessa região crucial para a preservação ambiental.

Enquanto na Amazônia os esforços têm se mostrado efetivos, no Cerrado, o cenário é alarmante. O mesmo monitoramento revelou um aumento de 26% nos alertas de desmatamento nesse bioma, que é o segundo maior do país. A destruição concentra-se principalmente na região conhecida como “Matopiba,” abrangendo os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

Segundo João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, o foco inicial das ações da pasta na Amazônia pode ter contribuído para esse aumento no Cerrado. Além disso, ele destacou que a legislação ambiental favorece o desmatamento na região, com requisitos menos rigorosos em comparação com a Amazônia. Enquanto na Amazônia é necessário manter 80% da vegetação nativa, no Cerrado, esse valor cai para 20%.

O secretário executivo também ressaltou que muitos estados têm emitido um grande número de autorizações de desmatamento de maneira questionável, o que requer atenção das autoridades para evitar práticas ilegais e prejudiciais ao meio ambiente.

Em relação à fiscalização, Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, apresentou dados animadores. Houve um aumento de 173% nos autos de infração relacionados à flora na Amazônia, em comparação com a média dos últimos quatro anos. Isso demonstra uma atuação mais intensa do poder público na região, trazendo a presença das equipes de fiscalização em campo e inibindo a expectativa de impunidade por parte dos infratores.

Marina destacou que está enfrentando novas formas de criminalidade que não existiam em 2003, quando assumiu o ministério pela primeira vez no governo Lula. A ministra acredita que o fortalecimento das ações de fiscalização tem levado os criminosos a pensar duas vezes antes de cometer crimes ambientais, considerando a vigilância contínua do sistema de monitoramento e a pronta resposta das autoridades.

(*) Com Informações do Metrópoles

Leia mais:

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais em Brasil