Manaus, AM – Cumprindo agenda em Brasília, o governador do Amazonas Wilson Lima (UB) não comentou sobre a greve dos professores, nesta quarta-feira (17). Apesar do silêncio sobre a cobrança da classe, em abril, o governador disse que não aceitará a pressão dos educadores, mas que está disposto para negociações.
A classe reivindica o reajuste salarial de 25%, não concedido pelo governador Wilson Lima, mesmo após o Ministério da Educação anunciar reajuste no piso dos professores em janeiro de 2023.
Nas redes sociais, o governador do Amazonas postou vídeos em Brasília, posou para fotos com autoridades, mas não comentou nada sobre o pedido dos profissionais da educação da rede pública do Estado.
O mesmo aconteceu nas redes sociais da Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seduc), que continuou as atividades promovendo na internet a educação no Estado, mas não se manifestou sobre a greve.
De acordo com a classe, não houve sinalização de diálogo por parte do Governo do Amazonas. Além do reajuste salarial, os professores também cobram a data-base 2023 da Seduc, além da data-base de 2022, que está atrasada.
Anteriormente, Wilson Lima tinha afirmado que estava disposto a negociar com os educadores, mas comentou que o Brasil passa por uma difícil situação econômica.
“Com relação à paralisação dos profissionais da área da educação, a gente viu alguma coisa na rede social. O Estado do Amazonas está disposto a conversar, como a gente sempre fez com todas as categorias, entendendo os caminhos que são legais para que efetivamente isso aconteça. O Brasil passa por uma situação econômica difícil, a gente não tem notícias de governos que estejam dando data base ou dando aumento para os servidores. Então, a gente está agindo com muita parcimônia”, disse na época.
A greve dos professores não tem previsão para terminar e, de acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas, Ana Cristina, a paralisação só vai terminar quando Wilson Lima e a Seduc atenderem as demandas da classe.
“Só quem pode dizer quanto tempo a greve vai durar é nosso empregador. Se dizer se para hoje, amanhã ou semana que vem, eles que tem o poder de atender as nossas reivindicações”, destacou.
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