Brasília, DF – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará presente no próximo fim de semana na reunião de alto nível do G7, em Hiroshima. A visita ao Japão marca o retorno, após um intervalo de 14 anos, de um presidente brasileiro ao encontro com os líderes das nações mais prósperas do mundo.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, desde 2009, quando o próprio Lula participou da cúpula na Itália, o chefe de Estado do Brasil não esteve presente em uma reunião do G7. Lula foi convidado pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida. O Japão atualmente detém a presidência rotativa do grupo, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. A União Europeia também faz parte do grupo.
O Brasil participará como convidado, assim como a Austrália, as Ilhas Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, República da Coreia e o Vietnã, além de representantes das Nações Unidas, Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, Agência Internacional de Energia, União Europeia e outras organizações.
Dentre os tópicos a serem discutidos na cúpula, estão as prioridades estabelecidas pela presidência japonesa, incluindo a situação na Ucrânia, o monitoramento da inflação nas economias globais e questões como:
- Abordar as vulnerabilidades dos países de renda média e baixa decorrentes da crise da dívida;
- Agilizar ações voltadas para a mudança climática e a transição energética;
- Assistência internacional para alcançar um equilíbrio energético;
- Fortalecer a arquitetura global na área de saúde pública.
Além desses temas, o Itamaraty informou que Lula também abordará assuntos que tem defendido em encontros internacionais, como o desenvolvimento econômico, social e sustentável das nações em desenvolvimento e a necessidade de encontrar meios para alcançar a paz e resolver conflitos existentes.
Na agenda do G7, o presidente Lula participará das três sessões de trabalho em Hiroshima, agendadas para os dias 20 e 21 de maio.
No sábado (20), Lula estará presente no encontro intitulado “Trabalhando para enfrentar múltiplas crises, incluindo alimentação, saúde, desenvolvimento e gênero”. No mesmo dia, participará da sessão denominada “Esforço comum em prol de um planeta sustentável e resiliente, incluindo, clima, energia e meio ambiente” . Entre as duas sessões, está prevista uma foto oficial dos líderes de estado participantes da cúpula.
No domingo (21), o presidente participará da última sessão de trabalho intitulada “Na direção de um mundo próspero, estável e pacífico”. Também está programada para domingo uma cerimônia de deposição de flores no Memorial da Paz de Hiroshima
Lula já realizou cinco viagens internacionais desde o início do seu terceiro mandato como presidente, sendo essa a segunda à Ásia. Ele visitou os seguintes países:
– Argentina e Uruguai
– Estados Unidos
– China e Emirados Árabes
– Portugal e Espanha
– Reino Unido
Durante essas viagens, Lula enfatizou a importância de fortalecer a democracia, combater a fome e a desigualdade, mediar a paz na Ucrânia e buscar um modelo de desenvolvimento para a Amazônia que concilie a preservação da floresta com a geração de emprego e renda para os habitantes da região.
O presidente tem destacado que essas viagens fazem parte do processo de retomada das relações do Brasil com outros países e organizações internacionais, após os quatro anos de isolamento durante a gestão de Jair Bolsonaro.
Nesse contexto, o convite para participar da cúpula do G7 foi encarado pelo governo como um sinal de prestígio para Lula. Além disso, o fato de o Brasil assumir a presidência do G20 neste ano também pesou, uma vez que muitos temas discutidos no encontro do G7 serão abordados no G20.
(*) Com informações do G1
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