
Foto: Arquivo Pessoal
Desde o mês de maio, a Escola Estadual Indígena Ester Caldeira Cardoso segue sem uma direção, localizada na aldeia Kwatá/Terra Indígena Kwatá-Laranjal no município de Borba. Até no inicio do ano, a escola estava caminhando 100%, quando a antiga diretora Denise Cardoso precisou se ausentar devido sua aprovação no concurso nacional unificado.
Com isso, obedecendo a ação de tramitação de cargo para uma nova gestora, foram feitas várias reuniões com o cacique geral Manuel Cardoso Munduruku, as lideranças e pais de alunos para escolha de uma nova gestora da escola, feito também documentos que seriam enviados à SEDUC, com assinaturas de pais de alunos, do cacique geral, caciques e os próprios alunos. No dia 20 e 22 de maio de 2025, esteve na SEDUC em Manaus uma comitiva de 27 lideranças para à entrega do documento relacionado a nomeação da gestação da escola e outros assuntos pertinentes na educação dentro da Terra Indígena Kwatá-Laranjal.
Segundo o Portal de notícias Kwatá-Laranjal, a “pauta com a SEDUC, foi a reivindicação acerca das convocações do PSS para as escolas matriz e anexos, falta de transporte escolar… e materiais permanentes para as escolas”. No entanto, algumas dessas reivindicações foram atendidas, mas o principal problema, sendo a nomeação de uma gestora para a Escola Estadual Ester Caldeira Cardoso, não saiu do papel até agora. A justificativa é que só pode assumir uma direção se fazer o PSS para gestão escolar sendo este concursado, mas o fato é que a maioria dos professores indígenas que trabalham na escola são efetivados pelo processo seletivo, portanto não são concursados.
Isso impossibilita que os professores indígenas façam o PSS para gestão escolar, segundo o relato de alguns alunos do ensino médio, o aluno Wesley Henrique que faz ensino médio na escola, relata que “a instituição ficou sem direção, um diretor tem posição máxima na escola e até o momento estamos sem diretor e causa muito impacto sem um diretor que possa responder legalmente pela escola. Outro relato é do aluno Stanley Wendel do 3° ano do ensino médio, ele diz que “os projetos que tem na escola estão parados pela falta de um gestor e nós alunos é o que mais sofremos pela falta de direção na escola”.
Outro relato é de uma mãe de aluno, a dona Ângela de 54 anos diz “nós perdemos com isso, os professores ficam sem direção na escola assim como os alunos, a aula não se cumpre o horário, a gente agradece a deus que um pai de aluno que é professor que esta ajudando a escola, mas fica muito difícil para nossos filhos porque queremos melhoras e queremos resposta porque não é fácil uma escola sem gestor, os professores estão dando aula, mas infelizmente é um gestor que responde legalmente por tudo na escola, eu espero que depois dessa entrevista a gente tenha uma resposta porque não está sendo fácil”.
Dessa forma, os documentos com a indicação da aldeia kwatá requerendo uma nomeação para escola já foi enviado a SEDUC, porque a escola conta com um total de 318 alunos matriculado incluído os anexos e mais 4 aldeias do Rio Canumã. Por isso, os alunos, os pais de alunos, caciques dos anexos da escola e o cacique geral Manuel Cardoso Munduruku aguardam essa nomeação e resposta de imediata porque o fim do ano se aproxima e já faz 4 meses nessa pendência e até o momento a escola segue sem direção.
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