Manaus, AM – Na esteira da notícia veiculada pela Radar Amazônico sobre a falta de alimentação no Hospital e Pronto Socorro João Lúcio, uma situação crítica emerge nos bastidores dos serviços terceirizados. funcionários da MKN SERVICOS EMPRESARIAIS LTDA na tarde desta sexta-feira, denunciaram o descaso com o pagamento dos terceirizados que atuam como maqueiros, recepcionistas e serviços gerais, sem receber salários desde maio.
De acordo com uma funcionária, que optou por não se identificar, a empresa atribui a falta de pagamento à ausência de repasse financeiro por parte do Estado. Esta situação tem gerado um ciclo de contratação e desistência, com novos funcionários sendo informados da situação salarial e optando por abandonar o posto. A realidade é marcada pela chegada diária de novatos que recebem apenas um vale transporte e uma alimentação de qualidade questionável.
Enquanto os funcionários buscam explicações, encontram-se em meio ao desespero financeiro, recebendo apenas o valor do transporte. “É a mesma coisa em todos os SPAs. Solicitamos audiência, mas o Estado não comparece, resultando em mais 3 meses sem salários. Recorremos à Justiça, sem solução. Todos acabam voltando ao trabalho porque, pelo menos, havia vale-alimentação e vale-transporte. No entanto, não há FGTS, e o décimo terceiro do ano passado só foi pago este ano”, desabafou o funcionário.
A crítica à gestão da saúde pública se intensifica com as declarações do titular da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), Anoar Samad, que afirmou que a rede pública de Manaus é uma das melhores do Brasil. O deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) rebateu, questionando a falta de conhecimento do secretário sobre a realidade dos maqueiros, serviços gerais e os constantes atrasos salariais.
A empresa em questão, MKN SERVICOS EMPRESARIAIS LTDA, registra o CNPJ 17.125.122/0001-07, com atividade principal de “serviços de enfermagem” no bairro Parque 10 de Novembro, zona Centro-Sul de Manaus. Com um investimento de R$3.500.000,00 e pertencendo a Maurício Nunes Ferreira, a empresa se vê agora no centro de uma polêmica que aguarda posicionamento por parte da SES-AM.
(*) Com Informações do Radar Amazônico
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