Siga nossas redes

Política

Welton Oda: política, cultura, educação, racismo ambiental e Coroado

Entrevista com Welton Oda aborda PSOL, cultura, educação e racismo ambiental em Manaus, destacando suas motivações políticas e críticas à política cultural populista

Welton Oda: política, cultura, educação, racismo ambiental e Coroado

Welton Oda em entrevista ao Conexão Política. Foto: Norte em Foco

Manaus, AM – Em recente entrevista ao Conexão Política Norte em Foco, Welton Oda, professor universitário da UFAM e pré-candidato a vice-prefeito de Manaus pelo PSOL, abordou diversos temas relevantes para a capital amazonense. Entre os pontos discutidos, Oda destacou suas motivações para ingressar na militância política, narrando sua trajetória de vida, e a atuação democrática e respeitosa com todas as religiões.

Inicialmente, Oda compartilhou suas experiências, mencionando sua origem humilde, engajamento no sindicato, breve passagem pelo PT, e a decepção com o primeiro mandato do presidente Lula em relação às leis trabalhistas. Ele enfatizou a importância de manter um diálogo aberto e constante com pessoas de diferentes posicionamentos ideológicos, especialmente no bairro Coroado, onde busca conscientizar a população sobre os perigos de votar em troca de vantagens, como doações de cesta básica ou dinheiro.

Em um momento da entrevista, Welton Oda abordou a pré-candidata à prefeita de Manaus pelo PSOL, a advogada Natalia Demes, destacando sua competência como gestora e sua importância na organização administrativa do partido. Além disso, discutiu temas críticos como a mineração em terras indígenas, defendida até por parlamentares de esquerda no Amazonas.

Em resposta a perguntas dos telespectadores, Oda discutiu a questão cultural e os espaços culturais em Manaus, destacando os espaços culturais espalhados pela cidade. No entanto, criticou a política cultural populista em que pequenas cidades gastam seus recursos limitados para contratar artistas consagrados. Além disso, Oda enfatizou a necessidade de políticas culturais inclusivas que beneficiem toda a população, não apenas uma minoria privilegiada, apontando para a cultura do centro da cidade de Manaus, produzida para uma elite e turistas, excluindo a população local devido aos altos custos de manutenção desses espaços.

Ao abordar o racismo ambiental, Welton Oda explicou como as explorações geralmente beneficiam uma minoria rica, enquanto a população pobre sofre as consequências negativas.

“O dono da Vale do Rio Doce, o dono das minas, o explorador daquele recurso natural, ele é um homem branco e rico em geral. E quem é o prejudicado? Quem é o prejudicado com essa história? É o ribeirinho, morador lá de Balbina, que perdeu a casa, que teve a terra alagada, que acabou tendo as consequências dessa exploração. Olha lá em Minas Gerais, né? Aconteceu isso, que cidades pobres e trabalhadores foram soterrados por um descuido nessa exploração,” disse Welton Oda.

Oda também mencionou a questão do Gasoduto Coari-Manaus, criticando a falta de benefícios para a população local enquanto a cidade de Coari enfrenta inúmeros problemas estruturais. Ele ressaltou que Coari, além de não se beneficiar adequadamente dos recursos provenientes do gasoduto, já foi envolvida em grandes escândalos de exploração sexual de menores e prostituição, levando vários políticos à cadeia. Oda enfatizou a importância de garantir que os recursos naturais e os investimentos tragam melhorias reais para as comunidades afetadas, em vez de perpetuar ciclos de exploração e injustiça social.

Leia mais:

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais em Política