Manaus, AM – Após polêmica, o vereador Rodrigo Guedes (Republicanos) afirmou que não pretende estender a história sobre a discussão que teve com a secretária municipal de Educação, Dulce Almeida. Em entrevista exclusiva para o Norte em Foco, o parlamentar alegou que não pretende mover uma ação contra a irmã do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), mesmo ela tendo mentido sobre as ações feitas por ele.
“Algumas coisas, a verdade dói mais do que um processo. Não vou fazer disso um cavalo de batalha. Acho que os vídeos, as dezenas de ofícios e requerimentos, as emendas também, já ficaram muito claras. Tem muita coisa pra gente fazer e eu não vou esticar esse episódio, acho que já deu o que tinha que dar”, disse.
Na última semana de abril, o vereador e a secretária protagonizaram uma discussão durante uma inauguração de uma escola municipal. Na ocasião, foi a própria secretária quem iniciou o diálogo, ao afirmar que Rodrigo Guedes não havia encaminhado um ofício pedindo a reforma da unidade escolar para a Secretaria Municipal de Educação.
Além disso, Dulce Almeida ainda debochou do vereador e, logo em seguida, fez um vídeo nas redes sociais alegando que havia sido vítima de machismo. Para o Norte em Foco, Guedes afirmou que não praticou machismo contra a secretária, e acredita que ela tenha se sentido incomodada por ele ter sido elogiado pelas professoras da instituição, e também por ser oposição à gestão do irmão dela.
“Ela não aguentou ver a professora me agradecendo. Eu não pedi para a professora falar aquilo, mas ela foi a pessoa que conduziu a luta pela reforma da escola e me informou no dia que a escola foi fechada. […] Ela me chamou, fizemos manifestações, a professora organizou, chamou os vizinhos, os comunitários, depois eu formalizei a denúncia no Ministério Público do Amazonas, que abriu um inquérito civil para processar a Prefeitura de Manaus, para exigir a manutenção e revitalização da escola”, explicou.
“A professora, de forma espontânea, falou no meu nome e a secretária não aguentou e mentiu. É uma acusação grave, porque um detentor de um cargo público, de altíssimo poder, não pode mentir em frente a câmeras, em frente a sociedade, desmerecendo uma luta que não foi só minha, mas foi de todos”, afirmou.
O vereador ainda comentou que foi para a reinauguração da escola para participar do momento, uma vez que esteve ao lado dos professores durante 2 anos cobrando a revitalização do local. “A secretária não conseguiu ouvir a professora elogiando. Acho que a raiva dela falou mais alto, ela perdeu o equilíbrio porque puxou o microfone da professora, uma mulher idosa e aposentada, foi extremamente grosseira com a professora”, contou.
Ainda sobre o episódio, o vereador falou sobre a tentativa da secretária o culpar pelo comportamento dela, alegando ter sofrido machismo. Ele ressalta que, em nenhum momento, foi grosseiro com ela e somente levantou a voz quando os assessores da mesma tentaram o calar.
“Em nenhum momento fui grosso com ela, se eu levantei a voz foi porque tiraram o microfone quando tentei falar. Ela não ficou para me ouvir e depois saiu jogando beijinho irônico para mim, o que desmontou a narrativa que tentaram emplacar”, iniciou. “Não condiz com a realidade, foi uma tentativa forçada de vitimismo. Não podemos banalizar porque a luta das mulheres contra a violência é real, mas não foi o caso que aconteceu ali”, completou.
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