Siga nossas redes

Política

PEC da Blindagem: Veja como cada deputado federal do Amazonas votou a proposta que protege políticos de ações judiciais

Proposta que amplia foro privilegiado de parlamentares foi aprovada em dois turnos. Dos oito representantes do estado, cinco votaram a favor e três contra

PEC da Blindagem: Veja como cada deputado federal do Amazonas votou a proposta que protege políticos de ações judiciais

Foto: Canva - Instagram

Brasília – O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (16) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 5/2023, conhecida como PEC da Blindagem. O texto, que altera regras do foro privilegiado e do processo penal contra parlamentares, passou em primeiro e segundo turnos e segue agora para análise do Senado Federal.

A bancada federal do Amazonas, composta por oito deputados, mostrou-se dividida. A maioria, cinco parlamentares, votou a favor da proposta, enquanto três se posicionaram contra.

Como votou cada deputado do Amazonas:

A FAVOR

  • Adail Filho (União)
  • Capitão Alberto Neto (PL)
  • Fausto Jr. (União)
  • Pauderney Avelino (União)
  • Silas Câmara (Republicanos)

CONTRA 

  • Amom Mandel (Cidadania)
  • Átila Lins (PSD)
  • Sidney Leite (PSD)

O que muda com a PEC da Blindagem?

A medida prevê uma ampliação significativa da proteção judicial a deputados e senadores. Estes são os principais pontos aprovados:

Competência Exclusiva do STF: Apenas o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá decretar medidas cautelares (como prisão, busca e apreensão ou quebra de sigilo) contra parlamentares. Instâncias inferiores perdem essa competência.

Autorização por Votação Secreta: Antes de processar um parlamentar, o STF deverá pedir autorização à Casa legislativa de origem (Câmara ou Senado). A decisão será tomada em votação secreta e exigirá o aval da maioria absoluta dos deputados ou senadores, em um prazo de até 90 dias.

Prisão em Flagrante: Em caso de prisão em flagrante de um parlamentar por crime inafiançável, os autos do processo serão enviados em 24 horas para a Casa respectiva. Caberá aos colegas, também em votação secreta, decidir por maioria se autorizam ou não a prisão e a continuidade do processo.

Polêmica e Defesa

A PEC é alvo de intenso debate. Seus defensores, majoritariamente da base governista, argumentam que a proposta é um contraponto ao que chamam de “lawfare” (guerra jurídica) e restaura supostas garantias da Constituição de 1988, impedindo supostas perseguições políticas por parte de juízes de primeira instância.

Já os críticos, incluindo juristas e partidos de oposição, veem a proposta como um retrocesso no combate à corrupção. Eles argumentam que a votação secreta e a necessidade de autorização prévia do Congresso criam uma “blindagem” que dificulta extremamente a investigação e a punição de parlamentares envolvidos em ilícitos, transformando as Casas legislativas em instâncias de autoproteção.

Com a aprovação na Câmara, a PEC segue para votação em dois turnos no Senado Federal, onde também precisará de pelo menos 49 votos favoráveis em cada turno para ser promulgada.

*Com informações da Agência Câmara

Leia mais:

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

nove + dezenove =

Mais em Política