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Política

Juventude Travessia em Manaus: a luta pela mobilização estudantil e o combate às mudanças climáticas

Juventude Travessia promove ações em Manaus, fortalecendo mobilização estudantil e conscientização sobre a crise climática e política

Juventude Travessia em Manaus: a luta pela mobilização estudantil e o combate às mudanças climáticas

Foto: Divulgação/ Assessoria

Manaus, AM – Na última semana, o Movimento Juventude Travessia, coordenado por Alef Vieira, presidente do CALET (Centro Acadêmico de Letras) da UEA (Universidade do Estado do Amazonas), realizou em Manaus uma série de ações voltadas à mobilização estudantil e à conscientização sobre a crise climática. No dia 10 de março, o grupo participou de uma roda de conversa com representantes de Centros Acadêmicos e movimentos de militância, com a presença de Gabriel Issa, coordenador do DCE da UFF (Universidade Federal Fluminense) e do Juventude Travessia Nacional.

Roda de conversas na segunda-feira. Foto: Divulgação/ Assessoria

No dia seguinte, 11 de março, a equipe do Juventude Travessia AM levou o projeto Escolas pelo Clima à Escola Municipal Violeta de Matos Areosa, localizada na zona leste de Manaus. A iniciativa tem como objetivo aproximar os jovens das causas climáticas e sensibilizá-los sobre a necessidade de combater as mudanças no clima, discutindo ações locais e globais. Ao interagir com os alunos do 6° ano, os militantes exploraram temas como a importância da conscientização ambiental, o impacto das ações humanas no clima e as soluções que os jovens podem adotar para preservar o meio ambiente.

Atividade na escola. Foto: Divulgação/ Assessoria

Já no dia 14 de março, o movimento promoveu um bate-papo na Escola Normal Superior (ENS), na UEA, com o tema “Somos a geração do fim do mundo? O papel da juventude no combate às mudanças climáticas”. O evento contou com a presença da professora Evany Nascimento, que, juntamente com Alef Vieira e Gabriel Issa, discutiu temas como as queimadas na Amazônia, o aumento das chuvas intensas e as enchentes que afetam as comunidades ribeirinhas da região. Durante a conversa, Gabriel Issa destacou como a Amazônia está sendo diretamente afetada pela crise ambiental e a importância da juventude se envolver ativamente na luta para preservar o meio ambiente.

Alef Vieira, Evany Nascimento e Gabriel Issa (esquerda para a direita) Foto: Divulgação/ Assessoria

Em entrevista, Gabriel Issa ressaltou o principal objetivo das atividades realizadas em Manaus: fortalecer a organização e mobilização dos jovens para enfrentar os problemas socioambientais. Ele enfatizou a necessidade de garantir uma educação pública de qualidade e políticas de permanência estudantil, como forma de fortalecer a luta dos estudantes. Além disso, ele afirmou que a transformação radical da realidade social é urgente, principalmente para salvar o planeta. De acordo com ele, a juventude deve estar na linha de frente dessa transformação.

Manaus foi escolhida como um ponto estratégico para essas ações, especialmente por ser um epicentro da luta socioambiental, dada sua localização na Amazônia e os desafios climáticos da região. A organização também busca reforçar o movimento estudantil local, em um ano importante para as questões ambientais, com a COP 30 acontecendo em Belém. Gabriel Issa destacou a importância de fortalecer a militância estudantil na cidade, que enfrenta um esfriamento nas lutas, e a necessidade de mobilizar as novas gerações para se engajarem nas questões ambientais.

Além de abordar a crise climática, Gabriel também falou sobre o papel dos movimentos estudantis na atual conjuntura. Segundo ele, a mobilização estudantil é crucial para a defesa da educação pública e de qualidade. Gabriel ressaltou que, nos últimos anos, muitos movimentos estudantis passaram por um processo de enfraquecimento, mas que a organização e a mobilização da juventude precisam ser renovadas para que os estudantes possam retomar a liderança de importantes causas sociais, como a defesa do meio ambiente e o combate ao neoliberalismo. Ele acredita que o movimento estudantil pode ser a vanguarda de um processo de transformação social mais amplo, e que os jovens têm um papel fundamental nesse processo.

Além disso, Gabriel abordou a atuação do PSOL como um partido que tem atraído muitos jovens devido à sua postura combativa e renovada na política. Ele explicou que o PSOL tem sido a alternativa de esquerda que mais filia jovens no Brasil, apresentando um modelo de política ecossocialista que visa não apenas a transformação social, mas também o combate à exploração e destruição do meio ambiente. Segundo Issa, o PSOL deve continuar a mobilizar a juventude, apresentando um projeto de sociedade baseado na justiça social e na preservação ambiental, desafiando o capitalismo e suas contradições.

Gabriel afirmou que a luta não deve ser travada apenas nas redes sociais, mas também de forma presencial e local. Para isso, as estratégias de mobilização devem combinar ferramentas digitais com ações concretas, como panfletagens, mutirões de plantio e agroecologia. Gabriel afirmou que as lideranças jovens, principalmente as mulheres, LGBTQIA+, negras, indígenas e com deficiência, devem estar no centro dessa organização popular, sendo fundamentais para o fortalecimento das lutas e para a construção de um futuro mais justo e sustentável.

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