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Política

CMM aprova urgência para empréstimo de R$ 1 bi em dólar de David Almeida ao ‘apagar das luzes’ do ano

Vereadores da oposição chamam operação de ‘dívida para pagar dívidas’ e criticam falta de transparência; proposta passa pelas comissões nesta terça e vai a plenário na quarta

CMM aprova urgência para empréstimo de R$ 1 bi em dólar de David Almeida ao ‘apagar das luzes’ do ano

Câmara Municipal de Manaus /Foto: Reprodução/YouTube - CMM

A Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovou nesta terça-feira (9), a urgência do pedido de empréstimo de mais R$ 1 bilhão junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), vinculado ao Banco Mundial, encaminhado pela Prefeitura de Manaus. Mesmo em minoria, os vereadores da oposição se posicionaram contra o pedido e chamaram a manobra de ‘dívida para pagar dívidas’.

O pedido irá passar pela Comissões na tarde desta terça-feira e entra para a votação na quarta-feira (10), na última sessão plenária de 2025 na Casa Legislativa.

O vereador da oposição Rodrigo Guedes questionou o envio da pedido para a CMM ao ‘apagar das luzes’ e reforçou o interesse do prefeito sobre a urgência com que a proposta chegou à Casa, indicando que o prefeito de Manaus estaria usando empréstimo para pagar dívidas, sem investir na melhoria da cidade.

“É mais um pedido de empréstimo que o prefeito faz aqui para a Câmara, ou seja, a prefeitura de Manaus está arrolando as dívidas. Ela simplesmente não tem gestão financeira para que você possa pagar dívidas e não contraí-las mais. Sobre cada um desses empréstimos correm juros e correção monetária. Se olhar a LOA, já tem R$ 1 bilhão e 300 milhões para Semef, para pagar recursos e dívidas. A prefeitura parece aquelas pessoas de curtindo a vida adoidado, equanto a cidade não ver nenhuma melhoria estrutural e, em espcial, na qualidade de vida. É um autorização imoral para o prefeito de Manaus não trazer nenhuma melhoria para a cidade”, disse o vereador.

O empréstimo de R$1 bilhão na CMM ganhou o status de ‘dívida para pagar dívidas’. O vereador José Ricardo também se posicionou e questionou a transparência em relação ao uso do montante e cobrou a presença do secretário de finanças para explicar o uso do valor.

“Qual é a dívida? Onde será usado? Que projetos em área de bioeconomia são esses? Isso aqui não diz coisa com coisa. Não tem nada dizendo para que são os recursos. Não dá pra aprovar um negócio desse totalmente no escuro. Esse prefeito faz brincadeira com a cidade de Manaus e ainda coloca uma justificativa para a poiar a bioeconomia? Isso é uma irresponsabilidade sem tamanho”, questionou Zé Ricardo.

Também da oposição, o vereador Capitão Carpê reforçou que há irresponsabilidade na gestão econômica da cidade, criticou a base aliada e afirmou que quem vai pagar a conta é a população.

“Nada impede que ele faça um novo empréstimo dentro desse crédito de R$2,5 bilhões. No apagar da luzes, o prefeito de Manaus quer endividar a cidade, querendo emprestar dólares (…) As ruas estão esburacadas, UBSs fechadas, escolas que servem bolacha com ki-suco, é uma vergonha essa cidade. E ainda vai ter gente que vai aprovar e vai aplaudir dizendo que está ajudando a cidade”, declarou Carpê.

O vereador Jander Lobato, aliado do prefeito, não gostou do posicionamento de Carpê e usou o tempo para apenas questionar a maneira áspera com que o vereador conduziu o discurso. Carpê rebate e questionou: “Me preocupa muito quando um vereador se ofende muito mais com a palavra do que com as coisas que acontecem na cidade de Manaus”, desabafou.

A proposta, enviada por meio da Mensagem 103/2025 e assinada pelo prefeito David Almeida (Avante-AM), autoriza a contratação de crédito externo com garantia do Tesouro Nacional, o que implica em aprovação posterior do Senado Federal. O texto prevê que o montante pode ser contratado em dólares ou ienes, elevando a exposição do município aos riscos das oscilações cambiais.

A justificativa apresentada pelo Executivo aponta que o recurso será destinado à “reestruturação de dívidas internas”, substituindo financiamentos antigos por um empréstimo de longo prazo. Porém, o argumento não convenceu parte dos parlamentares.

(*) Com informações do portal D24am

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