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Política

Bolsonaro prometeu indulto para hacker fraudar urnas eletrônicas

A ideia era dizer aos eleitores que se eles apertassem o número de Bolsonaro, estariam votando em Lula

Bolsonaro prometeu indulto para hacker fraudar urnas eletrônicas

Manaus, AM – Em depoimento à CPI dos atos golpistas de 8 de janeiro, o hacker Walter Delgatti afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria lhe prometido um indulto para que ele tentasse fraudar as urnas eletrônicas e colocar em dúvida a lisura das eleições. As falas do hacker foram ditas nesta quinta-feira (17).

Os pedidos de Bolsonaro não pararam por aí. O ex-presidente também foi pediu que Delgatti participasse de um grampo em Alexandre de Moraes. De acordo com o hacker, ele se reuniu com Bolsonaro no Palácio do Alvorada e, posteriormente, ido ao Ministério da Defesa para tratar de termos técnicos.

Durante o depoimento, ele afirmou que foi procurado pela deputada Carla Zambelli (PL) para ter um encontro com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, com Duda Lima, marqueteiro da campanha de Bolsonaro nas eleições de 2022, e com o próprio Jair Bolsonaro.
“Sim, recebi [proposta de benefício]. Inclusive, a ideia ali era eu receber um indulto do presidente. Ele havia concedido indulto ao deputado [Daniel Silveira] e como eu estava investigado pela [operação] Spoofing, impedido de acessar a internet e trabalhar, eu estava visava esse indulto, que foi oferecido no dia”, confessou.
Conforme explicou, uma urna seria emprestada pela OAB, onde seria instalado um aplicativo feito por ele próprio e mostraria à população que seria possível apertar um número e sair outro. Ou seja, os eleitores apertariam o número de urna de Bolsonaro, mas poderiam computar votos ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Eu faria um código fonte meu, não do TSE, para a população ver que seria possível apertar um voto e imprimir outro”, explicou. As ideias foram descartadas porque a reunião foi divulgada pela imprensa.
Além do indulto, também foi prometido emprego para Delgatti. Ele ainda chegou a prestar serviços para Zambelli para o site e redes sociais dela, onde recebeu R$ 3.000. Porém, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, as redes sociais da deputada foram derrubadas e ele não teve o serviço renovado.
(*) Com informações do UOL

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