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Carolina, MA – O médico e prefeito da cidade de Carolina, no Maranhão, Erivelton Teixeira Neves (PL), e o vereador do município, Lindomar da Silva Nascimento (PL), viraram réus por realizarem um aborto sem o consentimento da mulher. O caso ocorreu em março de 2017 e a vítima tinha um caso extraconjugal com o prefeito.
O crime aconteceu em Augustinópolis , no Tocantins, e está sendo analisado pela Justiça de Tocantins, que acatou a denúncia do Ministério Público de Tocantins (MP-TO).
Na época, o vereador Lindomar trabalhava como motorista do atual chefe do executivo do município. A mulher foi levada para um motel com Erivelton, que afirmou que realizaria um exame com um aparelho de ultrassonografia portátil. Ao invés de colher o sangue da vítima, como disse que faria, o médico lhe aplicou um sedativo.
A mulher contou ao MP que o prefeito fez a curetagem com o auxílio de Lindomar. Depois de deixá-la em casa, os acusados teriam levado também papeis que comprovavam a gravidez.
Em mensagens de texto trocadas com o prefeito, ela desabafou e afirmou estar sentir muita dor, ter vomitado e com as pernas dormentes. “Erivelton não podia ter feito isso comigo. E ainda me deixa aqui sem nem saber nem como me tratar, ele fez um aborto sem meu consentimento”, ressaltou. “Eu estou sentindo dor demais, alguma coisa deve ter dado errado. Lindomar, pelo amor de Deus, fala com ele”, disse.
A vítima tinha um relacionamento com o prefeito entre os anos de 2010 e 2013, quando terminou o namoro por descobrir que ele era casado. Depois do fim de um casamento, a mulher voltou a se relacionar com Erivelton em 2016 e ficou grávida alguns meses depois.
