Foto: Reprodução / Redes Sociais
Brasília, DF – O Ministério Público Federal (MPF) decidiu abrir uma investigação contra o pastor André Valadão após a repercussão de um vídeo em que ele é acusado de incitar o assassinato de pessoas LGBTQIA+ durante um sermão. O caso veio à tona na segunda-feira (3/7), gerando grande comoção nas redes sociais.
Durante um culto transmitido ao vivo pelo YouTube, o pastor fez declarações polêmicas, como: “Agora é a hora de tomar as cordas, de volta e dizer: pode parar, reseta. Mas Deus fala que não pode mais. Ele [Deus] diz: ‘Já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso, agora está com vocês’”.
Com base nessa fala, o MPF decidiu iniciar uma investigação para apurar possível prática de homofobia. O procurador regional dos Direitos Humanos do Acre, Lucas Costa, será responsável por conduzir o procedimento, que busca esclarecer a conduta do pastor e verificar se houve incitação à violência contra a comunidade LGBTQIA+.
Paralelamente, a deputada federal Erika Hilton apresentou uma nova denúncia contra André Valadão ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A parlamentar já havia denunciado o pastor em junho, durante o mês do Orgulho LGBTQIA+, por crime de homofobia relacionado à realização de um culto denominado “Deus Odeia o Orgulho”. Agora, a nova denúncia será investigada dentro do inquérito já aberto pelo MPMG, somando-se às acusações anteriores.
Em resposta às acusações, André Valadão divulgou outro vídeo, tentando esclarecer suas declarações e alegando ter sido mal interpretado. Segundo ele, suas palavras não se referiam a matar ou segregar, mas sim a um recomeço espiritual, um retorno às raízes e aos princípios. O pastor afirmou que cabe aos seguidores de Jesus levar a mensagem de renovação, nascimento e viver em conformidade com as leis divinas.
(*) Com informações do Metrópoles
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