Durante a COP28 em Dubai, o governo brasileiro relançou o Quilombo das Américas, um projeto encerrado em 2013 que busca articular comunidades rurais formadas por remanescentes de pessoas escravizadas em toda a América Latina e Caribe.
Na sua primeira versão, o projeto contou com a adesão do Equador e do Panamá, além da participação de quilombos colombianos. Elevado ao status de programa, o projeto assinou até agora um acordo de intervenções com a Colômbia, que expressou interesse em participar da iniciativa.
O Ministério da Igualdade Racial tem como objetivo articular a luta dos quilombolas de todo o continente com a preservação do meio ambiente como medida para combater as mudanças climáticas. Pesquisas indicam que, assim como nos territórios indígenas, as terras quilombolas são preservadas devido ao modo tradicional de vida dessas comunidades.
“A ideia agora é percorrer a América Latina fazendo encontros bilaterais com os governos, no sentido de construir essa adesão [dos países]. Nós temos uma expectativa e uma ambição de que o projeto agora tenha capilaridade bem maior do que na sua primeira versão. Caso o governo do país não venha a aderir ao programa, podemos articular com as comunidades daquele país de forma independente”, disse o secretário de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Ciganos do MIR, Ronaldo dos Santos.
(*) Com informações da Agência Brasil
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