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Incêndio destrói milhares de barracos na maior favela das Filipinas

“Desapareceu tudo. Nem sabemos como vamos comer”, diz uma popular. As autoridades vão investigar as causas do incêndio, que terá começado no segundo andar de uma das casas

Redação NEF*
25/11/24

Incêndio destrói milhares de barracos na maior favela das Filipinas

Incêndio numa favela atinge pelo menos mil casas nas Filipinas, Reprodução / YouTube

Um grande incêndio atingiu uma favela na costa de Manila, capital das Filipinas, no domingo (24). As chamas, que duraram oito horas, deixaram pelo menos duas mil pessoas completamente sem casa.

Fotos feitas com um drone do Escritório de Redução e Gestão de Riscos de Desastres de Manila mostraram o fogo violento destruindo casas de palafitas, construídas na Ilha Puting Bato, uma área extremamente pobre de Manila.

Autoridades informaram que cerca de mil casas foram destruídas e oito mil pessoas foram desalojadas. O incêndio começou às 8h de domingo, no horário loca, e queimou até às 16h, do horário local.

As causas do desastre ainda são investigadas, mas incêndios como esse são comuns nas favelas de Manila. Geralmente, os focos são provocados por causa da fiação elétrica improvisadas ou falhas em botijões de gás.

Maior favela das Filipinas

A ilha Puting Bato fica no distrito de Tondo, que é a maior área de favela de Manila, lar de aproximadamente 654.220 pessoas. Muitos vivem em barracos decadentes em ruas densamente povoadas, perto de um movimentado porto comercial.

Durante o incêndio, moradores conseguiram escapar ??para o mar em botes improvisados, enquanto outros lutavam para salvar seus pertences.

“Eu me sinto mal porque não temos meios de subsistência, nem casa. Tudo se foi. Não sabemos como faremos para comer. Estamos em uma situação muito ruim e é quase Natal”, disse à Reuters Elvira Valdemoro, moradora de 58 anos e dona de uma loja, que foi devastada pelo fogo.

A prefeita de Manila, Maria Sheilah “Honey” Lacuna-Pangan, visitou a Ilha Puting Bato nesta segunda-feira (25) e falou com sobreviventes, que passaram a noite em tendas improvisadas.

“Por favor, sejam pacientes. Continuaremos vindo para entregar ajuda. Ninguém queria que isso acontecesse”, disse Lacuna-Pangan aos moradores.

Ela pediu aos residentes se registrassem e fossem voluntariamente para um abrigo temporário, onde refeições e suprimentos seriam entregues.

“Nós ajudaremos todos vocês. Não percam a esperança. Vamos ajudar uns aos outros antes do Natal. Realmente esperamos que vocês voltem para suas casas”, disse a prefeita.