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Manaus

Roda-gigante na Ponta Negra trava com passageiros a bordo dois dias após inauguração em Manaus

Equipamento parou com cabines lotadas na noite deste sábado (22); bombeiros realizaram resgate. Prefeitura alega “vandalismo” e ex-vereador aponta ligação elétrica irregular

Roda-gigante na Ponta Negra trava com passageiros a bordo dois dias após inauguração em Manaus

Roda-gigante da Ponta Negra trava e causa desespero entre visitantes

Manaus, AM – A roda-gigante instalada no complexo da Ponta Negra, em Manaus, travou na noite deste sábado (22), deixando dezenas de pessoas presas nas cabines a cerca de 50 metros de altura. O incidente ocorreu pouco mais de 48 horas após a inauguração oficial do equipamento, na quinta-feira (20), e foi marcado por cenas de pânico entre os passageiros.

Vídeos gravados por quem estava no local mostram o momento de desespero. Em uma das gravações, uma mulher relata, visivelmente abalada: “Eu já chorei, eu ainda não queria vir. Estou presa aqui em cima”. O Corpo de Bombeiros foi acionado e realizou o resgate de todos os passageiros. Testemunhas relataram que, antes da chegada dos bombeiros, funcionários da empresa responsável tentaram, sem sucesso, operar o equipamento sem o uso de equipamentos de proteção individual (EPI).

Prefeitura fala em “vandalismo”, oposição aponta irregularidade
Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o prefeito David Almeida (Avante) sugeriu que a parada do brinquedo pode ter sido causada por um ato de sabotagem. “Repudia veementemente o ato de vandalismo ocorrido neste sábado, com a violação da caixa de energia elétrica que alimenta a roda-gigante”, afirmou a prefeitura em nota oficial, acrescentando que o equipamento cumpre todos os trâmites legais e laudos técnicos.

A versão, no entanto, é contestada pelo ex-vereador Amauri Gomes, que esteve no local horas antes do incidente. Ele afirma ter denunciado uma suposta ligação clandestina de energia abastecendo a atração. “Nós estávamos denunciando, pois após fiscalização constatamos que havia uma ligação irregular e clandestina ligando o equipamento da roda-gigante. Quando o equipamento parou, a denúncia que nós havíamos feito mais cedo estava praticamente se concretizando naquele momento, colocando a vida daquelas pessoas em risco”, declarou Gomes, que acionou a Guarda Municipal, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Amazonas Energia.

Investigações em andamento
O caso foi registrado no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Amauri Gomes disse ter pedido o acesso às imagens das câmeras de segurança para ajudar a esclarecer se o problema foi uma falha técnica ou um ato de sabotagem.

A empresa responsável pela roda-gigante não se manifestou publicamente até o fechamento desta reportagem.

O equipamento, que ficará na Ponta Negra por até seis meses, teve seus ingressos comercializados a R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia), valores que, com taxas online, chegam a R$ 46 e R$ 23 – um custo considerado acima do inicialmente anunciado como “acessível” pela administração municipal.

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