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Manaus

Proposta em Brasília pede vistoria urgente em áreas de risco de Manaus

Indicação do deputado Amom Mandel alerta que mais de 112 mil pessoas vivem em zonas de alto risco na capital; pedido ocorre em meio a baixo investimento municipal em prevenção de desastres.

Proposta em Brasília pede vistoria urgente em áreas de risco de Manaus

Foto: YouTube

Após recentes tragédias e desmoronamentos causados por fortes chuvas em Manaus, e em meio falta de gestão de crise do prefeito David Almeida, o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) solicitou que o Ministério da Cidade faça uma vistoria na cidade para verificar a situação das famílias que vivem em áreas de risco de deslizamento.

A indicação de Amom Mandel, apresentada no último dia 21, detalha a grave situação de vulnerabilidade social e habitacional em Manaus, agravada pela ocupação irregular de áreas perigosas.

“A cidade de Manaus enfrenta, atualmente, uma grave situação de vulnerabilidade social e habitacional decorrente da ocupação irregular de áreas de risco. De acordo com levantamento recente do Serviço Geológico do Brasil (SGB), mais de 112 mil pessoas vivem em áreas classificadas como de alto e muito alto risco de desastres naturais na capital amazonense, especialmente em encostas sujeitas a deslizamentos e desmoronamentos”, consta no documento.

O parlamentar cita que essa realidade exige “atenção imediata do Poder Público” para, além de resguardar vidas, subsidiar políticas eficazes de reassentamento, habitação popular e prevenção. Segundo o documento, a visita técnica é essencial para coletar dados, dialogar com líderes comunitários e definir medidas emergenciais para mitigar os riscos iminentes.

O pedido de vistoria é importante ao se observar o baixo investimento municipal em prevenção de desastres. Reportagem publicada pelo GRUPO DIÁRIO DE COMUNICAÇÃO (GDC) no dia 15, revela que em um ano marcado por temporais, inundações e desmoronamentos drásticos, a gestão de David Almeida destinou apenas R$ 3,04 milhões para ações preventivas da Defesa Civil Municipal. Esse valor representa somente 5,5% do orçamento total de R$ 55 milhões da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg), à qual a Defesa Civil é subordinada.

A falta de investimento em prevenção tem seu reflexo mais cruel nas tragédias. Em março deste ano, o deslizamento de terra na comunidade Fazendinha (Alfredo Nascimento, zona Norte da capital) resultou na morte da líder comunitária Sammya Costa Maciel, soterrada enquanto tentava alertar outros moradores sobre o perigo de permanecer no local.

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