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Manaus já contabiliza 14 dias com qualidade do ar considerada péssima

Nesta sexta-feira (3), o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva) aponta que a qualidade do ar nas zonas Centro-Oeste e Sul de Manaus são consideradas péssimas

Manaus já contabiliza 14 dias com qualidade do ar considerada péssima

Foto: Reprodução / Redes Sociais

Manaus, AM – A cidade de Manaus enfrenta uma situação crítica de qualidade do ar, com 14 dias consecutivos classificados como péssimos, de acordo com um levantamento do portal acrítica.com com base em dados da plataforma AQI. Essa condição alarmante resulta da fumaça oriunda dos incêndios florestais que atingem a região amazônica, posicionando a capital do Amazonas como a cidade com a pior qualidade do ar em toda a América.

Os manauaras têm respirado um ar poluído por partículas finas ou respiráveis (MP2.5) nos dias 5, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 26, 27, 29 e 30 de outubro e nos primeiros três dias de novembro. A situação é agravada pelo fato de que os índices de qualidade do ar estão muito acima do limite recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que estabelece 50 MP2.5 como nível aceitável, representando baixo ou nenhum risco à saúde da população.

Hoje, 3 de novembro, o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva) revela que a qualidade do ar nas zonas Centro-Oeste e Sul de Manaus permanece crítica, com índices alarmantes de 109,4 MP2.5 e 121,5 MP2.5, respectivamente. Isso reflete um cenário extremamente desafiador para a saúde pública, já que a qualidade do ar é essencial para a qualidade de vida dos cidadãos.

Outras áreas da cidade, como a região Leste, Norte e Oeste, também estão sofrendo com níveis preocupantes de poluição do ar, registrando índices de 101,5 MP2.5, 92,6 MP2.5 e 88,5 MP2.5, respectivamente. Mesmo o bairro Centro, situado na zona Centro-Sul da cidade, não escapou dessa crise ambiental, com índices preocupantes de 105,3 MP2.5.

A Prefeitura de Manaus ainda não emitiu nenhum comunicado oficial em resposta a essa situação crítica de qualidade do ar, deixando os moradores preocupados com a falta de ação para abordar a questão.

Essa crise ambiental tem suas raízes nas queimadas que assolam a região. A plataforma Windy, que monitora em tempo real os focos de incêndio, destaca que o estado do Pará concentra a maior parte desses incêndios, e a fumaça resultante é transportada pelo vento para o estado do Amazonas. De acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado do Pará registrou 11.150 focos de incêndio entre 1º e 31 de outubro de 2023, um aumento de 49% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 7.469 focos.

Cidades paraenses como Portel, Uruará, Pacajá, Altamira e São Félix do Xingu estão entre as mais afetadas pelos incêndios. No Amazonas, durante o mesmo período, foram registrados 3.799 focos de incêndio, em comparação com 612 no ano anterior, representando um aumento percentual assombroso de 520%.

(*) Com informações da acrítica

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