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Hospital afasta médica e técnica de enfermagem após morte de criança por aplicação de medicamento em Manaus

Criança de 6 anos sofreu seis paradas cardíacas após receber adrenalina intravenosa; caso é investigado pela Polícia Civil e Conselho Regional de Medicina

Hospital afasta médica e técnica de enfermagem após morte de criança por aplicação de medicamento em Manaus

A família acusa erro médico e afirma que o protocolo seguido não condizia com quadro do menino - Fotos: Divulgação

Manaus, AM – Uma médica e uma técnica de enfermagem foram afastadas de suas funções após a morte de Benício Xavier de Freitas, de 6 anos, em um hospital particular de Manaus. A informação foi confirmada pela unidade na tarde desta quarta-feira (26). A criança morreu entre sábado (23) e a madrugada de domingo (24). A família denuncia erro na aplicação de adrenalina na veia, e a Polícia Civil investiga o caso.

Em nota, o hospital informou que investigação interna foi concluída pela Comissão de Óbito e Segurança do Paciente. Segundo a unidade, todas as informações serão formalmente repassadas às autoridades e à família.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (CREMAM) abriu um procedimento para apurar a morte. O procedimento tramita em caráter sigiloso e nos termos do Código de Processo Ético-Profissional. O órgão destacou que não vai se pronunciar antes da conclusão do procedimento.

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informou que as investigações estão em andamento e mais informações não podem ser repassadas para não comprometer o trabalho.

Entenda o caso

Segundo o pai, Bruno Freitas, o menino foi levado ao hospital com tosse seca e suspeita de laringite. Ele contou que Benício foi atendido por uma médica que prescreveu lavagem nasal, soro, xarope e três doses de adrenalina intravenosa, 3 ml a cada 30 minutos.

Ao g1, a família afirmou que chegou a questionar uma técnica de enfermagem sobre a aplicação ao ver a prescrição. Segundo Bruno, logo após a primeira dose o menino apresentou piora súbita.

A equipe levou a criança para a sala vermelha, onde o quadro se agravou. A oxigenação caiu para cerca de 75%, e uma segunda médica foi acionada para iniciar o monitoramento cardíaco. Pouco depois, foi solicitado um leito de UTI, e Benício foi transferido no início da noite de sábado.

Na UTI, segundo o pai, o quadro piorou. A equipe informou que seria necessária a intubação, realizada por volta das 23h. Durante o procedimento, o menino sofreu as primeiras paradas cardíacas.

O pai relatou que o sangramento ocorreu porque a criança vomitou durante a intubação. Após as primeiras paradas, o estado de Benício continuou instável, com oscilações rápidas na oxigenação. Minutos depois, Benício apresentou nova piora e não respondeu às manobras de reanimação. Ele morreu às 2h55 do domingo.

Em nota, o Hospital Santa Júlia informou que fará uma análise técnica detalhada de todas as etapas do atendimento, conduzida pela Comissão de Óbito e Segurança do Paciente.

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