Manaus, AM – Desde 2016, as empresas alvos da Operação Entulho tinham um esquema de emitir notas fiscais fraudulentas. A informação foi dada em coletiva de imprensa pelas autoridades que coordenaram a operação. A ação foi deflagrada, nesta terça-feira (20), em investigação que apontou a prática de diversos crimes, tais como: sonegação fiscal, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
A operação foi coordenada pela Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal. Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em residências de investigados e em empresas supostamente ligadas à organização criminosa.
Segundo as autoridades, as empresas foram criadas apenas para emitir notas fiscais, ou seja, eram empresas de fachada. Elas prestavam serviços em Manaus e foram contratadas pela Secretaria Municipal de Limpeza Pública durante a gestão do ex-prefeito Arthur Neto (PSDB). As autoridades ainda destacaram que nenhuma pessoa pública está sendo investigada.
“As empresas emitiam nota fiscal por esse grupo econômico, depois para essas empresas que prestavam serviço público. Eram emitidos cheques para essas notas fiscais, os quais eram sacados pelos sócios, funcionários e procuradores. Na boca do caixa foram sacados R$ 110 milhões, mas foram emitidos R$ 120 milhões em notas fiscais fraudulentas, no período de 2016 a 2019”, explicou.
Com a ação criminosa dessas empresas, as autoridades ainda apontaram que R$ 100 milhões deixaram de ser pagos ao fisco. A operação continua apreendendo bens e, ao final, vai divulgar o que foi apreendido.
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