Santos, SP – Centenas de torcedores do Santos demonstraram sua insatisfação com a atual fase do time, ao realizar um protesto na manhã deste sábado em frente ao CT Rei Pelé. Portando caixões de papelão, faixas e entoando gritos de ordem, os santistas cobraram explicações da diretoria e dos jogadores, exigindo mudanças imediatas.
Durante o ato de manifestação, os nomes do presidente Andres Rueda e do zagueiro Eduardo Bauermann, afastado após seu envolvimento nas investigações da Operação Penalidade Máxima do Ministério Público de Goiás, foram frequentemente citados, assim como o lateral-direito Nathan. Os torcedores clamaram por responsabilidade e comprometimento por parte de todo o elenco.
Cosmo Damião, um dos líderes envolvidos na organização das torcidas do Peixe, afirmou que os jogadores prometeram demonstrar garra no próximo confronto contra o arquirrival Corinthians, marcado para quarta-feira, na Vila Belmiro. O técnico Odair Hellmann também se aproximou dos manifestantes na tentativa de acalmar os ânimos e mostrar apoio à torcida.
Durante o protesto, os rostos dos membros do Comitê de Gestão do clube – Andres Rueda, José Carlos de Oliveira, Rafael Leal, Renato Hagopian e Dagoberto Oliva – foram expostos em caixões de papelão produzidos pelos torcedores. A situação se intensificou quando um grupo atirou pipoca em direção à porta do CT Rei Pelé, evidenciando a indignação dos presentes.
"Fora todo mundo, diretoria omissa e elenco vagabundo ?"
A paciência acabou. pic.twitter.com/k8RRoQd1RX
— Santos da Opressão (@SantosOpressivo) June 17, 2023
Em uma tentativa de diálogo, os torcedores chegaram a formar uma equipe com dez jogadores de linha e um goleiro para desafiar o elenco em um confronto no gramado do CT. No entanto, a comissão técnica prontamente recusou a proposta.
Enquanto o protesto ganhava força na Avenida Francisco Manoel, o elenco santista treinava com bola, concentrado no confronto contra o Corinthians. Para evitar possíveis tumultos, os jogadores passaram a noite de sexta-feira no CT Rei Pelé, improvisando uma concentração.
Em um momento posterior, os líderes das torcidas organizadas foram autorizados a entrar no centro de treinamento para uma conversa privada com a comissão técnica e os jogadores. A imprensa, no entanto, não teve acesso ao encontro, o que gerou especulações sobre as medidas que seriam discutidas.
(*) Com informações do ge
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