Brasília, DF – Em uma entrevista exclusiva, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reiterou o compromisso da empresa em relação ao projeto de perfuração de poços na bacia da foz do Amazonas, afirmando que o mesmo não está descartado. Prates destacou que as negociações com o Ministério do Meio Ambiente têm sido bem-sucedidas.
“As conversas com o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama têm corrido bem. Esse processo não está perdido de forma alguma. Apenas teremos que convergir em termos de cronogramas e procedimentos”, disse Prates.
Desmentindo qualquer tentativa de colocá-lo em posição antagônica à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, Prates ressaltou que algumas pessoas têm tentado criar uma polarização entre ele e a ministra, sem sucesso.
No mês de maio, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou a licença solicitada pela Petrobras para a perfuração de poços de petróleo na bacia da foz do Amazonas, localizada no litoral do Amapá, a cerca de 175 quilômetros da costa. No entanto, a empresa apresentou recurso contra a decisão e aguarda uma resposta. Prates tem se manifestado anteriormente sobre a importância dessa exploração, chamando-a de “chance de ouro”, enquanto o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, enfatizou que o órgão não cede a pressões externas em suas decisões.
Enquanto aguarda a aprovação governamental para a extração de petróleo na foz do Amazonas, a Petrobras está focada em avançar com os planos de exploração na bacia Potiguar, situada no estado do Rio Grande do Norte. Um dos principais campos nessa região é o campo de Pitu, descoberto em 2015.
Jean Paul Prates, que também é senador pelo PT do Rio Grande do Norte, afirmou que, caso haja a necessidade de aguardar mais tempo pela licença na foz do Amazonas, a empresa não deixará suas sondas paradas, continuando os trabalhos em outras frentes.
“Caso tenhamos que aguardar mais pelo licenciamento na Foz do Amazonas, não poderemos deixar a sonda parada. Aguardaremos trabalhando em outras frentes. Talvez possamos perfurar o segundo e o terceiro poço em Pitu”
(*) Com informações do Metrópoles
Leia mais:
Petrobras pede ao Ibama para reconsiderar licença na Foz do Amazonas