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Cultura

Dia do escritor: quais obras os escritores da nossa terra indicam como sua próxima leitura?

Doze autorias amazonenses sugerem ao público leitor uma obra internacional, uma nacional e uma regional

Dia do escritor: quais obras os escritores da nossa terra indicam como sua próxima leitura?

Imagem gerada por Inteligência Artificial

No dia 25 de julho é comemorado o Dia Nacional do Escritor, uma data que prestigia os escritores e escritoras do território brasileiro desde 1960, mediante a uma portaria assinada pelo então ministro da Educação e Cultura, Pedro Paulo Penido (1904–1967). Logo, a comemoração desta data simboliza a compreensão histórica das personalidades literárias que existiram e existem no Brasil, sendo referências essenciais ao fomento da literatura nacional. Celebrar esta data é, antes de mais nada, reconhecer o legado literário de nosso país e espreitar os caminhos para mantê-la imponente.

Desde as obras clássicas até as contemporâneas, a literatura segue a expandir seus vínculos, linguagens e horizontes, criando mundos e dando voz a quem sempre tem algo a acrescentar: assim se reflete as autorias nortistas. Estar ao norte é estar acima pelas rosas dos ventos, mas abaixo nas prateleiras de lançamentos. Ou seja, — ontem, hoje e sempre — escrever é combater a conformidade, performar, através das palavras, a revolta, destrinchar em poesia o ser e a coisa… É isto e mais um bocado de devaneios, o que fazem os escritores e escritoras amazônidas.

E para comemorar esta data, nada mais justo que consultar as próprias figuras literárias da nossa opulenta terra para indicar três obras ao público leitor: uma obra internacional, uma nacional e uma regional. Deste modo, para além de frisar a relevância literária dessas inestimáveis personalidades e de suas obras, oferecemos aos leitores e leitoras uma gama de livros que certamente abrilhantarão sua lista de leitura. Abaixo, em ordem alfabética, as sugestões:

 

Anderson Costa

O autor de Catedral submersa (2023) indica:

Obra internacional: Rinha de galos, livro de contos de Maria Fernanda Ampuero.

Obra nacional: Nostalgias canibais, livro de contos de Odorico Leal.

Obra regional: A secura dos ossos, romance de Sandra Godinho.

 

 

Andressa Giacomin

A autora de Mari (2025) e integrante da Black Chico Records indica:

• Obra internacional: As veias abertas da América Latina, ensaio histórico de Eduardo Galeano.

Obra nacional: A terra dá, a terra quer, ensaio de Antônio Bispo dos Santos.

Obra regional: O desentupidor de fossas, conto de Márcia Antonelli.

 

 

Aritana Tibira

A autora de Dejetos I, II e III (2023) indica:

Obra internacional: O parque das irmãs magníficas, romance de Camila Sosa Villada.

• Obra nacional: Do fundo do poço se vê a lua, romance de Joca Reiners Terron.

Obra regional: O castigo de Eva, livro de poesias de Sophia Pinheiro.

 

 

Douglas Laurindo

O autor de O limiar das fendas (2022) indica:

Obra internacional: Autobiografia do vermelho, romance em versos de Anne Carson.

Obra nacional: Barbie, Brasil, Tesão, livro de poesias de Gal Freire.

Obra regionalMadnaus, livro de contos de Susy Freitas.

 

 

Jan Santos

O autor de Rudá (2023) e integrante do Coletivo Visagem indica:

Obra internacional: O feiticeiro de Terramar, romance de Ursula K. Le Guin.

Obra nacional: Capitães de areia, romance de Jorge Amado.

Obra regionalLíngua de prata e outras histórias, livro de contos de Felipe Cavalcante.

 

 

Jay Santos

A autora de Contos para ler de luz acesa (2024) indica:

Obra internacional: Bartleby, o escrivão, novela de Herman Melville.

Obra nacional: Broquéis, livro de poesias de Cruz e Sousa.

Obra regionalRitmos de inquieta alegria, livro de poesias de Violeta Branca.

 

 

Lucila Bonina

A autora de Os sapos contaram (2022) indica:

Obra internacional: Era uma vez, livro infantojuvenil de Maria Teresa Andruetto.

Obra nacional: As fabulosas fábulas de Iauaretê, livro infantojuvenil de Kaká Werá.

Obra regionalÇaíçú Indé: o primeiro grande amor do mundo, livro infantojuvenil de Roni Wasiry Guará.

 

 

Márcia Antonelli

A autora de Rasgada ao meio (2025) e apresentadora do programa Literatura da Gente indica:

Obra internacional: Crime e castigo, romance de Fiódor Dostoiévski.

• Obra nacional: A coleira do cão, livro de contos de Rubem Fonseca.

Obra regionalPorão das almas, novela de Antísthenes Pinto.

 

 

Mayanna Velame

A autora de Cactos e tubarões (2023) indica:

Obra internacional: A trégua, romance de Mario Benedetti.

• Obra nacional: Matéria de memória, romance de Carlos Heitor Cony.

Obra regional: Faz escuro mas eu canto, livro de poesia de Thiago de Mello.

 

 

Milton Hatoum

O autor de Dois irmãos (2000), Cinzas do Norte (2005) e um dos grandes escritores vivos do Brasil indica:

Obra internacional: Homens ao Sol, novela de Ghassan Kanafani.

Obra nacional: São Bernardo, romance de Graciliano Ramos.

Obra regionalMad Maria, romance de Márcio Souza.

 

 

Raissa Jambur

A autora de Papéis amarelos (2024) indica:

Obra internacional: Homens ao Sol, novela de Ghassan Kanafani.

• Obra nacional: O clube dos jardineiros de fumaça, romance de Carol Bensimon.

Obra regional: Rio das cinzas, novela de Victor Leandro.

 

 

Ricardo Kaate Lima

O autor de A lança de Anhangá (2024) indica:

Obra internacional: Voladoras, livro de contos de Mônica Ojeda.

Obra nacional: Pesadelo tropical, romance de Marcos Vinicius Almeida.

Obra regional: Aqueles que andam com os mortos, livro de contos de Zemaria Pinto.

 

Em nosso país, mais da metade dos brasileiros não lê livros, e quando se fala de livros voltados à literatura, o quantitativo reduz drasticamente. A situação se precariza mais ainda ao se tratar de Região Norte, pelas discrepâncias sociais, econômicas, históricas, geográficas e, sobretudo, políticas. Mas por que não começarmos aos pouquinhos? É tempo de presentearmos nossos amigos com livros, de conversar com os colegas de trabalho sobre literatura, andar com um livro em punho, ler em locais públicos, falar acerca dos benefícios da leitura, como ela rearranja vidas, engrandece o espírito e te apresenta vastas visões de mundo. Do contrário, olharemos a mesma avenida.

 

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