Ainda há quem duvide, com todas as evidências, de que nos avizinhamos de uma catástrofe climática sem precedentes. No outro extremo, há pessoas, bairros, cidades e países inteiros que mudaram seu estilo de vida para escolher conviver mais harmonicamente com o meio ambiente.
Há muitas coisas urgentes a se fazer se não quisermos, em pouquíssimo tempo, morar num planeta com extremos de temperatura que exterminarão boa parte da vida terrestre. Começando pela principal: é preciso reduzir os níveis de consumo. Explico: boa parte do calor é resultado do chamado efeito estufa, que tem no gás carbônico um de seus principais vilões. Este gás é liberado, muitas vezes, do consumo de combustíveis fósseis, por veículos automotivos, pela indústria e por termelétricas a diesel. Por isso, reduzir o consumo de produtos industrializados reduz parte da atividade poluente e da atividade que aquece o planeta, sobretudo os plásticos, os metais, os vidros e outros produtos não biodegradáveis. Desta maneira, reduz-se o consumo de combustíveis fósseis, assim como quando se reduz o uso de automóveis.
Mas nada pode ser tão nobre, nos dias atuais, quanto o ato de plantar. Pense bem: comer sem veneno, produzir seu próprio alimento, ter uma casa mais refrescante, atrair passarinhos e outros animais, contribuir para que mais gás carbônico saia da atmosfera, são alguns dos benefícios diretos que você terá.
Agora vem o argumento mais grave: em breve, todo esse sistema que faz o mundo capitalista girar, entrará em colapso! Veja: segundo o pesquisador Carlos Taibo, 43% das matérias-primas utilizadas para assegurar nossos atuais estilos de vida estarão esgotadas em 2.060. Décio Auler complementa e diz que até 2.030, é provável que 88 recursos não renováveis estejam praticamente esgotados. Em 30 anos terá se esgotado todo o cobre do planeta, material utilizado para nossas fiações elétricas. Petróleo? Cada vez mais os melhores tipos de petróleo escasseiam, resta-nos os de mais baixa qualidade, aqueles que encarecem o processo de produção.
Nesse cenário, amigas e amigos, quem souber produzir alimentos sem o fertilizante NPK, derivado de petróleo, quem não precisar de tratores movidos a combustíveis fósseis, quem tiver uma terra fértil e naturalmente irrigada, terá ultrapassado a barreira da insustentabilidade planetária que o atual sistema produz.
Aprenda a plantar, porque a Revolução Verde, que o Agro anunciou, está com os dias contados. É hora do Ecossocialismo!
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