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Welton Oda

Elon Musk e a liberdade dos criminosos

Não precisamos de mais discurso de ódio, racismo, xenofobia e de todo o lixo que essa rede espalha diariamente pelo mundo

Elon Musk e a liberdade dos criminosos

Foto: Norte em Foco

Na semana passada, o acumulador de dinheiro insensato, o estadunidense Elon Musk, dono da plataforma X (antigo Twitter), fez críticas e ameaças ao Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tuitando impropérios. Nessas mensagens, Musk ameaçou descumprir as determinações do ministro para suspender as contas do Twitter de brasileiros que cometeram crimes, como apoiar um golpe de Estado, incluindo o criminoso foragido Allan dos Santos, e outros bandidos cibernéticos famosos como Monark, o deputado Daniel Silveira, o Véio da Havan, entre outros. Também chamou essas ações de Moraes de “censura”.

No país de Musk, defende-se a mais ampla e irrestrita liberdade de expressão. No entanto, quando o jornalista Julian Assange descobriu as falcatruas de governos dos EUA envolvendo corrupção e espionagem de outros países e as expôs por meio da Wikileaks, tornou-se inimigo número 1 em seu próprio país, vivendo preso atualmente na Inglaterra. Além disso, na “terra da liberdade”, a plataforma chinesa TikTok está sendo censurada sob acusações, vejam só, de uso de bancos de dados de cidadãos americanos, exatamente o que o Facebook, o Instagram e outras redes sociais dos EUA fazem com cidadãos ao redor do mundo. Os EUA querem obrigar os chineses a operar em seu país por meio de uma empresa local; caso contrário, prometem enviar o TikTok para a China.

Na terra de Elon Musk, seu ex-presidente Donald Trump, em discurso recente, chamou os imigrantes de animais, afirmando ainda que estes “envenenam o sangue dos estadunidenses”, da mesma forma que Hitler faria. Na Musklândia, mais precisamente no Estado da Virgínia em 2017, uma multidão formada por centenas de pessoas, algumas ligadas à Ku-Klux-Klan, gritava “Sou nazista sim!”. Isso é o que os estadunidenses têm chamado de “liberdade de expressão” e, da mesma forma, deputados brancos e fascistas no Brasil, a maioria ligada ao Partido Liberal (PL) do ex-presidente Jair Bolsonaro, têm defendido como ideal de imprensa livre.

Na Alemanha, por sua vez, negar o Holocausto ou emitir opiniões racistas é crime, assim como no Brasil. Nos EUA, conhecido ironicamente como a “terra da liberdade”, uma pequena minoria de homens brancos e ricos decide a vida das pessoas negras, de imigrantes, dos mais pobres, e produz um dos países mais desiguais e brutais do planeta, decidindo inclusive o destino social e econômico de diversos países do mundo, roubando recursos naturais e submetendo essas populações à mais absoluta miséria.

Alexandre de Moraes está certo, e caso o dono do Twitter insista em desobedecer as leis brasileiras, deve ser banido do país, o que será um bem para todos. Não tenho conta nesta rede de intrigas e me oponho à sua política com unhas e dentes. Não precisamos de mais discurso de ódio, racismo, xenofobia e de todo o lixo que essa rede espalha diariamente pelo mundo; não precisamos escrever mensagens em 280 caracteres.

Já chega dessa gente de mentalidade colonial, desse bando de homens brancos preconceituosos chegando por aqui e dizendo o que é certo e como devemos pensar. Xô Elon Musk! Vá procurar um saco de tucumã pra descascar!

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