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Welton Oda

Dança Húngara

A Hungria, além de controvérsias políticas, possui uma história rica com invasões históricas, figuras famosas como Harry Houdini e Franz Liszt, e destaque cultural em Budapeste

Dança Húngara

Foto: Norte em Foco

Que ninguém odeie a Hungria por causa da recente soneca do Bozo nas dependências de sua embaixada no Brasil. Que ninguém a odeie, mesmo que seu atual Primeiro-ministro, Viktor Orbán, seja uma pessoa tão asquerosa quanto o Bozo, e por mais que parte de sua população apoie suas políticas! A Hungria é mais do que isso, assim como a Alemanha foi a terra de Adolf Hitler, mas atualmente, a maioria da população luta bravamente contra os neonazistas.

Para quem ainda não sabe do incidente diplomático protagonizado pelo Bozo, vamos falar sobre a Hungria. O país fica na Europa e é um pouco menor do que o estado de Pernambuco. Seu território e seu povo sofreram inúmeras invasões, que fizeram a Hungria dançar pra lá e pra cá, dentre as quais as realizadas pelos romanos, pelos árabes e pelos nazistas. Na década de 1920, viveu o suicídio de seu primeiro-ministro, Teleki Pál, que discordava veementemente da possibilidade da Hungria aderir ao nazismo. Seu sucessor, István Bethlen, ao contrário, aliou-se aos nazistas. O resultado foi um envolvimento direto com a Segunda Guerra Mundial, com envio de milhares de soldados húngaros ao campo de guerra, em situação de precariedade e vulnerabilidade, sendo que mais de 40 mil foram aniquilados. Pior: depois disso, com medo de que o país, já vulnerável, fosse obrigado a mudar de lado na guerra, as tropas de Hitler invadiram a Hungria em 1944. Na dança das invasões, o país já dançou ao lado dos nazistas, mas também dançou a Internacional Comunista, para confundir o diminuto cérebro dos bolsominions.

Mas a Hungria também é lar de gente famosa! Harry Houdini, por exemplo, foi um dos mágicos mais famosos do mundo. Também tem o ator Béla Lugosi, que protagonizou Conde Drácula, numa de suas versões mais famosas no cinema. Atualmente, seu nome compõe a Calçada da Fama de Hollywood. Até no futebol, a Hungria é fera! Ferenc Puskás foi um dos maiores jogadores de futebol da história, com uma bela carreira no Real Madrid, após a qual também atuou como um vitorioso técnico em várias importantes equipes pelo mundo.

Na música clássica também manda bem. A Hungria é a terra do famoso compositor Franz Liszt, autor de um conjunto de 19 rapsódias, das quais a Rapsódia Húngara nº 2 é a mais conhecida (é linda! Recomendo que ouçam!). Outro filho famoso deste país é o compositor Johannes Brahms, que viveu no século XIX e compôs a conhecida e dançante, com o perdão do pleonasmo, “Dança Húngara” (outra composição que recomendo que escutem!).

O nome de sua capital, Budapeste, sobretudo sua segunda parte, também podem ter motivado o Bozo a procurar abrigo em sua embaixada brasileira, mas tudo indica que entre a peste do Jair e o nome Budapeste há apenas uma coincidência linguística. O ex-presidente e futuro presidiário estava, na verdade, pedindo penico a seu amigo Orbán, com medo da prisão e, talvez, tentando abrigo na terra de Puskás.

“É crime dormir na Embaixada?” pergunta o criminoso, mesmo consciente de que tentar fugir da prisão constitui, certamente, mais um de seus crimes. Conta-se à boca miúda que no segundo dia de estadia os funcionários pediram encarecidamente ao embaixador Miklós Halmai que não permitisse que o Bozo dormisse mais no prédio da embaixada, que estava tomado pelos gases de flatulência do ex-presidente brasileiro. Enviaram, em seu zap, inclusive, uma foto em que empunhavam cartazes de “Fora Bolsonaro” e ameaçaram divulgá-la caso seu pedido não fosse aceito.

Se é fake news ou não, eu não sei, mas que a história bate direitinho com o histórico intestinal do Bozo, isso é inegável!

(*) As opiniões apresentadas neste artigo são de responsabilidade exclusiva do colunista!

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